GERAL

Funcionários da Ebserh fazem ato e TST limita o movimento

Paralisação poderá atingir apenas 25% desse efetivo para resguardar o atendimento à população nos hospitais

Thassiana Macedo
Publicado em 21/07/2016 às 07:41Atualizado em 16/12/2022 às 18:02
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Neto Talmeli

Cerca de 50 funcionários participaram do ato ontem representando as diversas categorias profissionais da Ebserh

 

Cerca de 50 trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em greve realizaram manifestação na porta do Hospital de Clínicas da UFTM. Com limite no número de grevistas determinado pelo Tribunal Superior do Trabalho, o protesto foi realizado por enfermeiros e profissionais do setor administrativo que representaram toda a categoria ao reivindicarem a aplicação do acordo coletivo firmado no ano passado e a formalização do acordo 2016/2017, que trata da reposição salarial da inflação, melhoria das condições de trabalho, a implementação do plano de cargos e a regularização das folgas na enfermagem noturna.

O movimento não deve atingir os cerca de 900 funcionários vinculados à Ebserh no Hospital de Clínicas da UFTM e o total do Hospital de Clínicas em Belo Horizonte, que conta com 1.500 trabalhadores contratados via empresa. Conforme liminar deferida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), a paralisação poderá atingir somente até 25% desse efetivo, a fim de resguardar o atendimento à população nos dois complexos hospitalares. Em caso de desrespeito à decisão, o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal (Sindisep), que representa a categoria, poderá ser multado em R$75 mil por dia de descumprimento. 

A decisão foi dada ao analisar situação do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HC-UFPI), mas a determinação atinge 18 hospitais universitários do país, incluindo o de Uberaba, onde enfermeiros, técnicos de enfermagem e servidores amanheceram em greve. Desta forma, a decisão determina que seja mantido um contingente mínimo de 75% de trabalhadores em atividade nos hospitais visando manter os serviços à comunidade. Segundo o TST, “o direito de greve não pode sobrepor o direito à vida e à saúde da população”.

Os funcionários não aceitam a proposta do ganho social de acompanhamento de familiar de apenas cinco dias por ano em consulta ou exame médico, bem como não concorda com o percentual de 8% de reajuste salarial oferecido pela Ebserh. Em razão das perdas causadas pela instabilidade econômica, a categoria reivindica a reposição inflacionária de 10,35% nos salários. Em Uberaba, a situação mais grave é a falta de funcionários diante do volume de demanda, insumos básicos e equipamentos para os atendimentos.

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