Psicóloga classifica síndrome do pânico como imprevisível e alerta para as crises

Foto/ Francis Prado

Para Ilcéa, uma pessoa madura, em termos emocionais, dificilmente entra em uma crise de pânico

Crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça podem ser sintomas da síndrome ou transtorno do pânico. Entre 4 e 6 milhões de brasileiros devem sofrer com o distúrbio, segundo estimativas. De acordo com a psicóloga Ilcéa Borba, a crise é muito forte e imprevisível.

“A crise pode acontecer em qualquer hora, em qualquer lugar e de forma aguda. Tem gente que está dormindo e acorda com palpitação. Então, acaba indo parar no hospital, pois começa a ficar insegura e com medo até de dormir e relaxar”, explicou a psicóloga em entrevista à Rádio JM. Borba considera a ansiedade como um mecanismo de defesa. “A ansiedade é quase sempre esquecida e existe para nos proteger”, afirma.

Na avaliação da psicóloga, essas características de indefinição e imprevisibilidade contribuem para aumentar a ansiedade nas pessoas. “A partir do momento em que ela entra na crise paroxística, de ansiedade, merece um atendimento específico”, alerta, destacando que quando o medo se torna generalizado, ou seja, de tudo, a pessoa deve procurar ajuda. “Um exemplo é quando a pessoa começa a ter um medo fortíssimo, inesperadamente, a não querer sair de casa, não encontrar com as pessoas, fugindo do mundo”, esclarece.

Borba pondera que uma pessoa madura, em termos emocionais, dificilmente entra em uma crise de pânico. “Quem entra nessas crises, geralmente são pessoas que não lidam bem com as próprias emoções e possuem algumas dificuldades emocionais, mas não presta atenção e acha que isso é bobagem. Ainda existem aquelas que acreditam que o profissional da área é só para tratar de indivíduos com transtornos mentais, sendo que o especialista está ali para ajudar as pessoas que estão em sofrimento”, garante.