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Com mais de 300 foliões, “Maria Boneca” abordou tragédia de Mariana no enredo

Com 12 anos de tradição, a abertura do carnaval em Uberaba foi marcada pela festa do bloco Maria Boneca,

Letícia Morais
Publicado em 06/02/2016 às 08:05Atualizado em 16/12/2022 às 20:12
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Foto/Neto Talmeli

Seguindo os 12 anos de tradição, a abertura do carnaval uberabense reuniu pacientes, funcionários e colaboradores dos quatro Caps da cidade

 Com 12 anos de tradição, a abertura do carnaval em Uberaba foi marcada pela festa do bloco Maria Boneca, organizado pela Fundação Gregório Baremblitt, que abriga o Caps de mesmo nome do bloco e reúne os demais Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Secretaria Municipal de Saúde. São eles: Caps Maria Boneca, Caps Dr. Inácio Ferreira e Caps AD – Álcool e Outras Drogas e Cria – Infância e Adolescência. Os organizadores estimam que mais de 300 foliões participaram da folia.

A organizadora do evento, Fátima Oliveira, explicou a importância do bloco, levando em consideração uma comunidade que se manifesta, que vai às ruas e diz não ao preconceito. “Tem 12 anos que o Maria Boneca desfila e, hoje, ele não é só o Caps Maria Boneca. Começou com o Caps e a gente continuou centralizando a saída daqui, mas esse ano o carnaval está com 13 entidades compondo o bloco. E é uma alegria, tanto o preparo, a conversa com os usuários e a escolha do tema”, opinou.

Este ano foi a segunda vez que a aposentada Maria Sebastiana da Silva, de 65 anos, participou do bloco carnavalesco. “É muito bom e emocionante participar. O Caps é muito importante na minha vida, eles me auxiliam no tratamento da crise epiléptica junto com o doutor Luís. Eu cheguei e estava mancando, mas eu falei que ia assim mesmo, porque é um evento muito bom e animado”, disse.

O enredo deste ano trouxe a tragédia em Mariana como tema: “Enquanto lá é lama, aqui floresce: a Reforma Psiquiátrica está viva”. Segundo Fátima, a catástrofe foi um dos motivos para continuar levantando a bandeira da ecologia. “Eles escolheram continuar com a ecologia, toda a questão da natureza, em que o homem está totalmente integrado. Infelizmente a gente teve esse acidente horroroso de Mariana e ele já está sendo lembrado no bloco. E sempre é um carnaval da inclusão, abrangendo os cuidados que devemos ter com a preservação da natureza”, finaliza.

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