Segundo os autos, casal teria agredido a filha até a morte, no dia 5 de novembro, e só acionado o socorro no dia seguinte, por volta de 11h
Juiz Fabiano Garcia Veronez, da 2ª Vara Criminal, terá novamente de se manifestar nos autos da ação criminal que apura morte de Thamara Pereira de Lima, de um ano e nove meses. A dona de casa Kelly Beatriz Pereira de Lima e o pedreiro Francisneio Santos Brito foram pronunciados pelo magistrado ao Tribunal do Júri pelo crime. A defesa recorreu da decisão, através dos chamados “recursos no sentido estrito”, junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Agora, o relator do processo, desembargador Walter Luiz, remeteu os autos em diligências à comarca, para que seja exercitado o chamado “juízo de retratação”, de acordo com regra prevista no artigo 589 do Código de Processo Penal. Isso significa que Veronez pode se retratar e até voltar atrás na decisão dele, que submeteu o casal a júri popular. No entanto, o magistrado ainda não se manifestou quanto a esta retratação.
A criança foi encontrada morta no dia 6 de novembro do ano passado, dentro de casa, no Parque dos Girassóis. Segundo os autos, o casal teria agredido a filha até a morte, no dia 5 de novembro, e somente acionado o socorro no dia seguinte, por volta de 11h. Os acusados também demonstraram frieza em relação ao crime, pois conversaram com bastante tranquilidade com os policiais militares após a morte da menina. Em juízo, eles utilizaram o direito constitucional de se manter em silêncio, sendo que permanecem presos na penitenciária “Professor Aluízio Ignácio de Oliveira”.