GERAL

Justiça de Igarapava ouve testemunhas no caso dos homicídios de Izabella e gêmeos

Acontece hoje a primeira audiência de instrução nos autos da ação penal movida contra o empresário Matusalém Júnior e Pedrão

Daniela Brito
Publicado em 14/08/2015 às 11:43Atualizado em 16/12/2022 às 22:49
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Acontece hoje a primeira audiência de instrução nos autos da ação penal movida contra o empresário Matusalém Ferreira Júnior e o pedreiro Antônio Moreira Pires, conhecido como “Pedrão”, pelo triplo homicídio de Izabella Marques Gianvechio e dos gêmeos Ana Flávia e Lucas, de um mês e meio. Esta audiência será realizada a partir de 14h no Fórum da comarca de Igarapava, onde o processo tramita.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o promotor de Justiça Dilson Santiago de Souza informa que apenas três testemunhas serão ouvidas hoje pela acusação. Os réus, que atualmente se encontram presos no presídio de Tremembé (SP), não prestarão depoimento, contrariando as expectativas da defesa, desempenhada pelo advogado Marcus Fernandes Júnior. Conforme o promotor de Justiça, Matusalém e “Pedrão” serão ouvidos somente ao final dos depoimentos de todas as testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação.

Em relação ao exame de DNA que exclui a paternidade dos réus dos gêmeos, Dilson explica que o resultado não altera a situação dos réus perante a acusação. Conforme revela, os autos possuem provas substanciais de que os dois réus foram os executores do triplo homicídio, atuando juntos. “E o que moveu os dois a praticarem o crime foi o fato de Matusalém achar que ele era o pai das crianças”, diz. Ele destaca ainda os agravantes quanto o motivo torpe e a promessa de recompensa. “Tudo ficou bem demonstrado nas investigações”, completa o promotor.

Ainda segundo Dilson Santiago, o processo não corre em segredo de Justiça, mas existia o sigilo em relação ao exame de DNA, cujo resultado foi vazado pela defesa. “Houve uma quebra do sigilo, antes mesmo de ser decretado, pela divulgação do resultado do exame, de uma forma até antiética, pois houve uma exposição desnecessária da família das vítimas”, afirma o representante do MP, destacando ainda que a exploração deste fato não altera em nada a situação dos réus, que é “gravíssima”.

A audiência será conduzida pelo juiz da 1ª Vara Criminal da comarca de Igarapava, Clovis Humberto Lourenço Júnior. O promotor de Justiça, que é responsável pela acusação, vai contar ainda com o apoio do advogado Victor Rachid Daher, que está habilitado nos autos como representante da família das vítimas. Somente após o fim desta fase processual os réus podem ser pronunciados para ser submetidos ao Tribunal do Júri.

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