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Assentados em Campo Florido pedem suspeição de juiz

Moradores do Assentamento Vitória pedem suspeição do juiz que atua no processo principal de reintegração de posse, Fabiano Garcia Veronez, da 2ª Vara Cível

Daniela Brito
Publicado em 29/07/2015 às 09:27Atualizado em 16/12/2022 às 23:05
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Fot Arquivo

Prefeito Ademir Ferreira nega declaração sobre pagamento a juízes e colocou as acusações como graves

Moradores do “Assentamento Vitória” pedem suspeição do juiz que atua no processo principal de reintegração de posse, Fabiano Rubinger de Queiroz, da 2ª Vara Cível. Também foi protocolado pedido de suspeição do desembargador Roberto Vasconcellos, da 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Este atua como relator em alguns instrumentos jurídicos decorrentes dos processos de reintegração de posse. Os pedidos foram feitos pelo advogado responsável pela defesa dos assentados, Eder Ferreira.

Segundo os autos, o prefeito de Campo Florido, Ademir Ferreira de Mello, teria dito, no dia 23 de junho, na sede da Prefeitura, logo após reunião com alguns ocupantes da área em disputa, que para deferir liminar para a reintegração de posse teria de desembolsar até R$1 milhão para os juízes envolvidos na causa. Isso porque parte da área seria de propriedade de seus filhos.

Em contato com o Jornal da Manhã, o prefeito negou a declaração sobre pagamento a “juízes” e colocou as acusações como “graves” e passíveis de intervenção judicial por serem falsas e envolver membros do Judiciário. Para Ademir, esta afirmação está sendo feita em razão do andamento processual, que está favorável à reintegração de posse da área aos proprietários.

Por outro lado, ele confirmou à reportagem que parte da área, considerada um condomínio, em torno de 12%, pertence a três dos seus filhos, A.F.M.J., A.M.B. e K.M. No entanto, o prefeito afirma que nunca esteve envolvido com a discussão judicial. “Eu não tenho nenhum vínculo com tudo que está acontecendo. Sou o prefeito e a área está dentro do município que administro. Seria diferente se um dos meus filhos fosse o prefeito. O que não é o caso”, finaliza.

Já o juiz Fabiano  Rubinger de Queiroz optou por não se manifestar sobre o assunto.

Ministério Público. Ainda ontem, assentados alegaram não ter sido atendidos no MP. A informação não foi confirmada pelo JM. Segundo informações obtidas pela reportagem, nenhum atendimento foi negado. O que houve foram pedidos de intervenção imediata nos autos da ação de reintegração de posse, também protocolados pelo advogado Eder Ferreira, em diversas promotorias de Justiça. No entanto, todos foram negados, tendo em vista que o processo civil possui rito próprio e existe um promotor específico trabalhando nos autos. Como um dos membros já está atuando no processo, existe a necessária intervenção, pois o órgão é “uno e indivisível”.

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