Representantes do Assentamento Vitório, localizado à margem da BR-262, na entrada de Campo Florido, vão se reunir hoje, a partir de 14h, com o comandante do 4º BPM, Waldimir Ferreira
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Trabalhadores já se reuniram com o ministro do Desenvolvimento Agrário, PAtrus Ananias, em busca de apoio
Representantes do Assentamento Vitório, localizado à margem da BR-262, na entrada de Campo Florido, vão se reunir hoje, a partir de 14h, com o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Waldimir Soares Ferreira, para discutir a ação de reintegração de posse. A notificação foi encaminhada ao advogado Eder Ferreira, que representa o grupo, formado por aproximadamente 900 famílias que ocupam a área.
No entanto, o advogado coloca como “curiosa” a discussão, tendo em vista que não houve ainda nenhuma notificação judicial quanto ao cumprimento da ordem judicial para ser realizada a reintegração de posse, mas o documento coloca que já houve a solicitação de apoio policial aos oficiais de Justiça.
Em meio a isso, em busca de solução para a situação das famílias, comissão de trabalhadores está realizando uma série de reuniões com pessoas ligadas ao movimento agrário e de ocupação de terras. Entre elas, destacam-se o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias (PT). Eles também estiveram com representantes da Mesa Estadual de Diálogo e Negociação Permanente sobre Ocupações Urbanas e no Campo, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O advogado também encaminhou cópias da ação de reintegração de posse ao Ministério Público, na tentativa de buscar providências para evitar a expulsão das famílias da área. Além disso, foram juntadas ao processo quase 500 certidões de nascimento de crianças e adolescentes que vivem no local. Deste montante, vinte nasceram no próprio assentamento. Também foram juntados documentos de idosos e pessoas com deficiência que vivem no local, cerca de 100.
A última liminar que determina a reintegração de posse da área foi deferida no dia 17 de junho pelo juiz Fabiano Rubinger de Queiroz, titular da 2ª Vara Cível. Na semana passada, um grupo de assentados invadiu o Fórum Melo Viana em protesto à decisão judicial. Não houve confronto.