Presidente da Fiemg Regional Vale do Rio Grande, Nagib Facury, diz que não há o que comemorar neste Dia da Indústria, celebrado hoje, em todo o país. Os números não são bons, não há melhora e nem previsão de quando vai acontecer, por isso os empresários questionam o governo sobre o futuro e se a economia vai continuar decrescendo.
Na semana passada, a Fiemg divulgou mais um levantamento com indicadores das indústrias do Estado e os números continuam ruins. No Triângulo Mineiro, no primeiro semestre do ano, a atividade ainda está desacelerada. O faturamento reduziu, reflexo do enfraquecimento das demandas interna e externa. O emprego apresentou queda, impactando negativamente as horas trabalhadas na produção e a massa salarial.
Apesar dos indicadores de faturamento real, horas trabalhadas na produção, emprego industrial e a massa salarial terem apresentando crescimento no mês de março de 2015, com relação a fevereiro, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, ou com o mesmo período do ano anterior, na maioria houve queda, e isso gera preocupações.
“Dizem que a nossa avaliação é pessimista, mas não é. Na verdade, ela é realista, pois trabalhamos de acordo com o número e em cada levantamento não percebemos melhoras. Por isso não há o que comemorar neste dia da indústria. Temos algumas empresas, em segmentos pontuais, em que houve crescimento, mas o setor como um todo não tem nada a comemorar. Gostaríamos de saber dos nossos dirigentes quando vamos voltar a crescer. Que estamos com números negativos isso já é uma realidade, o que precisamos agora é de um planejamento para crescimento”, enfatiza.
Para finalizar, Nagib destaca que todo setor está preocupado. “Hoje estamos demitindo, caiu o faturamento, assim como o poder aquisitivo dos trabalhadores. Isso forma uma rede que deixa a economia do país fragilizada. Por isso, mais uma vez insisto em perguntar sobre quando a equipe econômica vai nos tirar desse problema, quando vamos voltar a crescer, e de que forma, quando os empresários voltarão a ter coragem de investir no país?”, indaga Nagib.