Em decorrência de ameaças de morte, advogado Marcus Fernandes Junior quer proteção da Polícia Civil. Ele também entrou com pedido de porte de arma na Polícia Federal. O advogado é defensor de Matusalém Ferreira Junior, que responde pelo triplo homicídio contra Izabella Gianvechio e os gêmeos Lucas Alexandre Marques Gianvechio e Ana Flávia Marques Gianvechio.
De acordo com ele, a ameaça ocorreu na quarta-feira, 13, quando concedia entrevista ao vivo a uma emissora de rádio. Ao vivo, por telefone, o pai da vítima Izabella, Vitor Hugo Gianvechio, afirmou que o mataria e ainda o cliente dele, Matusalém, caso o mesmo fosse solto. Isso porque, na semana passada, Marcus Fernandes entrou na Justiça com o pedido de liberdade provisória do réu, que é acusado de ser o mandante do crime. Os autos ainda não foram analisados pelo juiz da Comarca de Igarapava, onde tramita a ação penal.
Marcus Fernandes afirma que entrará na Justiça com pedido de medida protetiva contra o pai de Izabella. Ele também procurou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através do presidente Vicente Flavio Macedo Ribeiro, para que as providências relacionadas às prerrogativas do trabalho do advogado sejam asseguradas pela entidade. Entre as medidas está o pedido de cópia do áudio à emissora de rádio e ainda ofício a ser encaminhado ao juízo de Igarapava para impedir que o pai da vítima assista ao júri popular que irá julgar o triplo homicídio.
Izabella e os gêmeos foram assassinados em fevereiro de 2015, entre os municípios de Buritizal e Aramina, cidades que integram a comarca de Igarapava. A mãe das crianças, de 22 anos, morreu com um tiro na cabeça, enquanto os gêmeos, de um mês e meio, foram mortos a tiros em um matagal. O executor dos disparos teria sido Antônio Moreira Pires, conhecido como “Pedrão” – também denunciado como executor no triplo homicídio.