Crescer com visão humanista, prega Palmério

 Crescer com visão humanística, sempre pensando nas pessoas. Esta é a opinião do reitor da Universidade de Uberaba, Marcelo Palmério, sobre a Uberaba que queremos para o futuro.  Na opinião do reitor da Uniube, é preciso aperfeiçoar o apoio e o acolhimento à população sob o ponto de vista da segurança, educação e cultura e saúde.  “Valorizar sua vocação e não menosprezá-la podem ser um desafio”, destaca  o reitor. Ao falar sobre a Uberaba que queremos para o futuro, Marcelo Palmério afirma que é preciso pesquisar onde a cidade pode se distinguir, seja na industrialização de seus recursos naturais e/ou de seus produtos. “É importante descobrir em quê Uberaba tem a competência, a destreza de aprimorar o polo manufatureiro e de indústrias pesadas e na prestação de serviços. Isso em nível de desenvolvimento econômico”, salienta o reitor. Ao pensar no desenvolvimento social, Palmério destaca a garantia de segurança, educação e saúde à população como itens primordiais a serem pensados e valorizados. Em todo o mundo, o crescimento acelerado de muitas cidades traz diversos problemas para a população. Um deles é a invasão de imóveis, sejam terrenos ou casas desocupadas, devido à falta de oportunidades de trabalho e habitação para a população mais pobre. Por isso, o reitor defende que o planejamento é um dos pontos mais importantes a serem observados, para evitar o desequilíbrio socioeconômico da população. Neste sentido, Marcelo Palmério acredita que nenhuma cidade pode crescer de maneira amadorística. “Primeiro, é preciso olhar o exemplo das cidades que conseguem oferecer boas condições de vida à sua população. Ver o que foi feito nessas cidades em termos de infraestrutura, envolvendo o transporte coletivo e demais necessidades para garantir qualidade de vida à população”. As boas ideias e os bons exemplos estão aí como fonte de inspiração para os demais municípios. Na opinião do reitor, onde o crescimento se dá sem o devido planejamento surgem, por exemplo, problemas no abastecimento de água, como vêm ocorrendo atualmente em vários pontos do país.  “A cidade tem de atentar para o conforto urbano sem improvisos, com projetos que enxerguem o futuro e atendam a esses anseios. Tudo pode ser feito de duas maneiras: bem feito ou mal feito.  O custo é o mesmo. Torna-se essencial que as pessoas tenham a competência de buscar fazer as coisas mais bem pensadas, elaboradas e executadas”, alerta.  Para o reitor da Uniube, Uberaba precisa crescer com visão humanista, “sempre pensando nas pessoas, porque é uma cidade. É onde as pessoas por circunstância ou vontade escolheram viver. A cidade tem de ter foco no acolhimento. Para o futuro, queremos uma Uberaba amiga, que trate bem seus habitantes e, sobretudo, que corresponda ao que eles esperam de um bom lugar para se viver”, completa. SÉRGIO TEIXEIRA

As ligações rodoviárias de Uberaba com as principais regiões do país e o porto seco são atrativos para investimentos, inclusive com vistas ao comércio exterior