GERAL

Setor sucroalcooleiro acaba com a queima e cumpre protocolo de 2008

Na maioria dos municípios mineiros a queima da palha para colheita da cana de açúcar já não é mais utilizada e 97% eliminaram essa prática

Geórgia Santos
Publicado em 15/12/2014 às 10:27Atualizado em 17/12/2022 às 02:13
Compartilhar

 Divulgação

Colheita com a máquina gera uma série de benefícios, como a redução dos gases do efeito estufa

 

Setor sucroalcooleiro cumpre acordo firmado em Protocolo de Intenções Agrossocioambiental. O documento foi assinado em 2008 com o governo do Estado, para eliminação da queima da cana de açúcar até o fim de 2014 em áreas com declividade abaixo de 12% (locais em que é possível promover a colheita mecanizada). Com o fim do período estipulado, o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, diz que apenas 3% da cana de açúcar plantada no Estado é colhida usando a queima.

Na maioria dos municípios mineiros a queima da palha para colheita da cana de açúcar já não é mais utilizada e 97% eliminaram essa prática. Apenas em cidades da região Sul e na Zona da Mata, que é uma região canavieira mais antiga e ainda não há tecnologia disponível para que a queima seja substituída pela máquina, a medida é adotada. A colheita com a máquina gera uma série de benefícios, como a redução dos gases do efeito estufa; melhoria do solo com a palha que fica no terreno; redução do uso da água na indústria, já que a cana não tem que ser lavada; redução da mão de obra migrante e o retorno dos animais do cerrado, que eram afugentados pelo fogo.

“Desde o início tínhamos a certeza de que íamos chegar ao número que alcançamos. Assumimos um compromisso com a sociedade e cumprimos. Essa questão da eliminação da queima torna ainda mais o setor sustentável. O nosso balanço é positivo em termos de emissão de gás e poluição de CO2. É ainda maior e torna os nossos produtos mais interessantes para a sociedade”, revela Mário, ressaltando que este foi um dos assuntos abordados na palestra que realizou na quinta-feira (11), durante a ExpoCigra.

Vale ressaltar que, infelizmente, apesar de o produtor e usina seguirem o compromisso de não fazer queimadas da cana, isso ainda pode acontecer. De acordo com Mário, podem acontecer incêndios criminosos. Este ano tivemos uma seca severa, o que amplia a possibilidade de queimadas, por isso essa situação foge ao controle do produtor e da usina.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por