GERAL

Acobe critica iniciativa e diz que transporte carece de melhorias

Para o presidente da Acobe, José Thiago Castro, em 1º lugar, a medida vai tirar a vaga de outro passageiro do transporte coletivo

Thassiana Macedo
Publicado em 23/11/2014 às 12:31Atualizado em 17/12/2022 às 02:35
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Para o presidente da Acobe (Associação dos Usuários do Transporte Coletivo de Uberaba), José Thiago Castro, em primeiro lugar, a medida vai tirar a vaga de outro passageiro do transporte coletivo, que já não oferece conforto adequado ao cidadão. Em segundo lugar, ele lembra que quando a proposta surgiu, em junho deste ano, a entidade enviou um ofício à vereadora Denise Max, pedindo que fosse consultada sobre o projeto.

No entanto, ele afirma que a vereadora não deu retorno e colocou o projeto em pauta sem dialogar com a associação dos usuários de transporte. “Ela não respeitou a condição mínima de diálogo antes de fazer a proposição. Ou seja, ela nos impôs goela abaixo. Além disso, já que está se falando de acesso, temos uma luta incessante sobre o atendimento aos cadeirantes, por exemplo. Com isso, haverá mais uma disputa entre o animal e o cadeirante dentro do ônibus. Há 12 anos conseguimos a efetivação de que toda a frota fosse adaptada, mas até hoje não conseguimos dar dignidade ao usuário e o acesso contínuo do deficiente físico dentro do ônibus. Temos várias questões para elencar e que poderiam ser resolvidas antes de discutir em colocar o animal ou não dentro do transporte. Poderíamos pensar nessa possibilidade em um segundo momento, depois que o usuário fosse contemplado, tendo todos os seus direitos respeitados, de forma geral”, reforça.

José Thiago destaca ainda que, pelo projeto de lei, o animal de até 10 quilos deverá ser colocado dentro da caixa de transporte, que pode ser comprada em pet shops. “Porém, aquelas caixas custam, no mínimo, de R$100 a R$150. Na alegação da vereadora, a lei se destina a ajudar o pobre, permitindo que ele carregue seu animal até o veterinário, mas muitas vezes essa pessoa pode não ter condições de pagar R$150 para transportar seu animal”, lembra.

Por isso, o dirigente da Acobe afirma que irá apelar para a sensibilidade de prefeito. “Ele também sabe da existência dessas carências e de todas as problemáticas existentes para a população que utiliza o transporte coletivo na cidade, então vamos apelar para sua consciência, alertando para os transtornos que, neste momento, essa medida poderá causar ao usuário. Se tivéssemos um serviço de transporte coletivo com excelência e qualidade, em que os ônibus não andassem superlotados ou sucateados, perdendo peças pelo trajeto, aí sim poderíamos pensar nesse projeto, com um transporte de primeiro mundo. Como não temos, precisamos priorizar outras questões antes dessa. Inclusive, a vereadora poderia ser mais sensível e batalhar pelo usuário de transporte coletivo, reivindicando estas melhorias”, avalia José Thiago.

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