De acordo Carlos Eduardo de Melo Rodovalho, mesmo com a legislação destinando uma parcela de vagas para deficientes físicos, é possível perceber que alguns motoristas desrespeitam
Analista de sistemas enfrenta dificuldade para encontrar vagas disponíveis no trânsito da cidade para deficiente físico. De acordo Carlos Eduardo de Melo Rodovalho, mesmo com a legislação destinando uma parcela de vagas para deficientes físicos, é possível perceber que alguns motoristas desrespeitam a norma. E quando se trata de estacionamento particular, como em shopping center, por exemplo, a situação fica mais complicada ainda, pois não há autoridade para punir o infrator, que apenas recebe orientação.
Segundo Carlos, no fim de semana passou mais uma vez por uma situação constrangedora. “Assim que cheguei ao shopping, não encontrei nenhuma uma vaga disponível, e os veículos que estavam estacionados não me pareciam ser de deficientes físicos, pois não apresentavam o selo de autorização. Procurei pelo segurança, e ele disse que não podia fazer nada, não tinha autorização para multar alguém por uma infração. Ligamos na Polícia Militar e me disseram que não podem aplicar multas ou fazer remoção de veículos em locais privados. Quanto à Guarda Municipal, nem tentei ligar no telefone de emergência, o número 153, pois a ligação somente pode ser realizada de celular de determinada operadora, e que não é a minha. Mas sei que o posicionamento é o mesmo, não podem atender em área particular”, explica.
Essa não é a primeira vez que Carlos passa por esse constrangimento. O fato já aconteceu outras vezes e não foi possível resolver. Segundo ele, é uma situação complicada, pois compreende que os seguranças do shopping, além de terem dificuldade em fiscalizar todas as vagas, para evitar que alguém estacione em local proibido, não podem multar o responsável pelo veículo, isso é papel dos agentes de trânsito. Por outro lado, eles alegam que não podem entrar em área particular de estacionamento para multar. “Ninguém assume a responsabilidade quando os direitos dos deficientes físicos não são respeitados. Afirmam que apenas podem contar com a boa vontade e educação dos motoristas, mas isso é muito remoto, nem todos respeitam”, diz.
Esse é um problema que existe em vários locais, sendo área pública ou privada, entretanto, Carlos assume que em Uberaba, há cerca de um ano, a situação vem melhorando. Segundo ele, a Prefeitura reforçou a sinalização, fez novas pinturas, aumentou a quantidade de vagas, e isso, de alguma forma, ajuda, pois o motorista consegue avistar com facilidade uma vaga de deficiente físico ou idoso. Além disso, se o problema acontecer em via pública, apesar de demorar, os agentes da Guarda Municipal vão até o local e realizam a punição.