ARTICULISTAS

Na vida, o único fato consumado é a morte

Na mocidade os sonhos entram com facilidade

Juarez Alvarenga
Publicado em 18/03/2013 às 18:38Atualizado em 19/12/2022 às 14:01
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Na mocidade os sonhos entram com facilidade. Manuseia-nos e a realidade é bem mais difícil, pois não a conhecemos e, por isso, não manipulamos. Soluções mágicas para concretude, impregnada de timidez frágil faz dos dias da juventude monotonia aos ímpetos desenfreados de mares agitados, levando aos caos.

Por isso é natural na vida de muita gente deixar perdidos nos trajetos sonhos até então irrealizáveis. Começos de sonhos compartilhados com o fracasso nos levam às frustrações penetrantes em nosso mundo real.

Buscar ressuscitar sonhos anestesiados nos leva para penetração da fortaleza de nosso potencial adormecido.

Nestes dias nublados é preciso deixar germinar na mente fantasias palpáveis. O ressurgimento de um sonho antigo é um acontecimento vigoroso que nossos dias bem comportados precisam.

A repetição dos mesmos sonhos desfeitos é agressão da realidade por outro ângulo. Agora mais forte que os obstáculos sabem dos pontos vulneráveis deixados pela primeira investida.

A segunda tentativa de transformar sonhos em realidades aumenta assustadoramente a possibilidade de êxito. Na primeira éramos armadores e na segunda, profissional arquitetado pela racionalidade e experiência.

Nesta vida, termos todos os sonhos enterrados nos faz um cemitério cheio de ceticismos, descrenças e desmotivações.

Saia para avenida com energia de um leão. Mesmo porque na vida o único fato consumado é a morte. Tudo é reversível, renovável e diferente, desde que mantenhamos ativos sonhos vivos que impulsionam a realidade.

Realidade parasitaria é a arte da vida alimentando de venenos existenciais. Dar dinamismo aos nossos sonhos é levantar como guerreiro de Napoleão, pois a vida sempre exige mais. E ter como alvo querer este sempre mais é ter dentro de si uma energia movida a sonhos duradouros.

Na parede da vida sempre há uma abertura. Basta forçar que as coisas materiais têm o seu nascedouro no ritmo de nossos sonhos na ativa.

Compreenda que somos só limitados pela morte. Por isso, dentro do viveiro vivencial não há pássaros sem asas. A altura do voo será de acordo com ímpetos das fantasias.

Forçar seu limite independentemente da idade é ampliar e arrancar da vida conquistas dadas pelo espaço ilimitado de nosso dinamismo real.

Seus sonhos não têm o direito de morrer com sua morte. Dar vitalidades em vida a todas às fantasias será troféu na galeria da existência e não irá para o túmulo como peça estragada pelo tempo.

(*) Advogado e Escritor

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