Quanto medo temos de fazer algo e não acertar na decisão? Estamos sempre decidindo por algo. Levantar ou não da cama, pentear ou não o cabelo, escolher o calçado, a roupa, o que vamos comer ou o que vamos evitar falar, lugares que não queremos lembrar.
Nosso livre arbítrio está como um relógio marcando o tempo e cada escolha, cada decisão. São 24 horas de muito “sim” e “não”. Talvez, quem sabe, depois, amanhã, não posso, não quero. Nosso poder de escolha está conduzindo nossos minutos, horas, dias, semanas, meses. Mas o que temos escolhido fazer em nossos dias tão passageiros?
Obtemos a todo momento as reações de nossas decisões. Se foi feliz ou infeliz a escolha, quem nos ensina é a vida. Difícil imaginar ou não ter medo da escolha que fazemos. Até o que vestir pode direcionar nosso dia para ser bom ou ruim.
Talvez a camiseta hoje não nos deixou confortáveis, não aliviou o calor, ou nos deixou mais “cheinhos” do que já somos. Não valorizou em nada nossa aparência. Pronto. Essa escolha já nos diz que a autoestima, hoje, não será tão forte e estável. Vamos ter que nos olhar mais no espelho a fim de arrepender por ter escolhido aquela peça de roupa.
Coisas simples, mas que em nossa mente fazem um vendaval. Quem sabe não seja a roupa que escolhemos errado. Quem sabe foi algo que ouvimos e optamos por pensar demais naquilo o dia todo. Não devemos ser tão “bitolados”. Devemos ser livres. A liberdade é uma questão de escolha, mas também de pensamento.
(*) Jornalista