ARTICULISTAS

Missão da comunidade

Tomando comunidade como um agrupamento de pessoas

Dom Paulo Mendes Peixoto
Publicado em 30/08/2014 às 20:20Atualizado em 17/12/2022 às 07:43
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Tomando comunidade como um “agrupamento de pessoas” que alvejam objetivos comuns, é fundamental que as realizações não sejam imediatas, mas fruto de reflexões e compromissos autênticos. A coerência é entendida como testemunho de fidelidade aos objetivos assumidos individual e coletivamente. Para os cristãos, a fé é base para sua conduta de vida e de construção social e comunitária.

Na prática normal da vida as pessoas são seduzidas pelas circunstâncias que as cercam. São seduções para fazer o bem, construir situações que elevam a qualidade de vida do povo, ou que alienam e enfraquecem os objetivos de vida. A sedução pode ser destinada ao individualismo e a privilégio de poucos, dificultando o aspecto coletivo e o bem de todos.

Na diversidade e riqueza que constituem os novos tempos e o individualismo reinante, fica até muito difícil falar de missão da comunidade e, assim, construir a unidade. A escolha de novos líderes para o exercício de uma caminhada mais comum deveria favorecer a construção de uma sociedade mais comprometida, mais responsável e com objetivos comuns. Mas isto não tem acontecido.

Uma comunidade só consegue produzir frutos de vida mais saudável quando suas lideranças não estão preocupadas apenas com sucesso, mas com enfrentamento corajoso e determinado. No conceito cristão, é ser capaz de enfrentar a via da cruz, como o fez Jesus Cristo. O líder tem que identificar-se com os anseios do povo.

Não é fácil renunciar aos próprios anseios para defender as causas da comunidade. Para isto é preciso arriscar a vida e agir com fidelidade na construção daquilo “que conta” para a coletividade. Isto supõe verdade e sensibilidade para com as necessidades mais prementes da atualidade. Deve ser a preocupação de cada líder.

É importante construir consciência crítica diante da cultura moderna e não ser conivente com práticas que mais destroem do que constroem. Ao pensar em categorias humanas na comunidade, elas não podem estar em contradição com o projeto de Deus. Do contrário, tornamo-nos pedras de tropeço para as pessoas, dificultando a plenitude da vida.

(*) Arcebispo de Uberaba

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