Já residia eu em São José do Rio Preto. Corria o ano de 1981. Como nos nutríamos da amizade que tínhamos com Dom Benedito de Ulhoa Vieira desde quando ele chegou a Uberaba, minha esposa e eu, em dezembro do mencionado ano de 1981, recebemos de Dom Benedito a mensagem de Natal que, aqui, reproduzo na íntegra:
“Poema – recado
Pensei em lhe dizer
“Feliz Natal”.
E Você ficaria bem feliz
por saber
que me lembrara de Você.
Mas Natal não é frase.
Nem cartão.
Nem presente de fita colorida.
Porque uma Criança dorme.
No colo acalentado de uma Mãe,
desejo colocá-la assim dormindo,
em paz,
sorrindo
no seu coração.
Natal!”
1981 + Benedito.
Dom Benedito, com palavras, mas também com atitudes, ensinou-nos que não podemos ficar num Cristianismo dentro de portas, mas aberto às necessidades dos outros, à comunidade paroquial. Sua vocação missionária sempre se concretizou em serviço aos outros. Demonstrou-nos ele que amor chama amor. Que Jesus não morreu e ressuscitou para si mesmo, mas para nós, para que os nossos pecados sejam perdoados.
Jorge Abdanur Estephan
Engenheiro; de São José do Rio Preto-SP para Uberaba-MG