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Justiça e Política

Essa semana, aprendemos como a Justiça brasileira é sensível ao poder político e econômico...

Paulo Leonardo Vilela Cardoso
Publicado em 18/10/2017 às 20:50Atualizado em 16/12/2022 às 09:45
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Essa semana, aprendemos como a Justiça brasileira é sensível ao poder político e econômico, principalmente quando nos últimos votos lançados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por 6 a 5, decidiu-se que o afastamento de parlamentar precisa de aval do Congresso.

Essa dúvida e questionamento, por evidente divergência, mostraram para toda a população, que interesses da classe política afetam o Judiciário, especialmente quando os 11 ministros são indicados por ela.

Diante disso, é fato notório que os brasileiros estão envergonhados, cabisbaixos diante de tantos absurdos.

Enquanto países como China, Rússia, África do Sul e Índia brigam entre si para ocupar lugar de destaque na economia e na política mundial, nós, aqui, sofremos a notória vergonha da desestruturação, especialmente por conta da desorganização dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Vale destacar tamanha desorganização, que foi preciso uma intervenção do STF, através de liminar do ministro Alexandre de Moraes, para ordenar ao Senado que as medidas cautelares promovidas contra Aécio Neves, sejam julgadas por voto aberto (MS 35265).

Aliado a isto, basta analisar o fim que estão dando à Lava jato, especialmente quando toda a classe política reagiu para manter tudo como sempre foi.

O próprio ministro Luís Roberto Barroso confessou este trágico episódio quando relatou: “A ideia de que o poder Judiciário não possa exercer seu poder cautelar para impedir um crime é a negação do Estado de Direito. Significa dizer que o crime é permitido. Eu não gostaria de viver em um país assim”.

Por fim, e para complementar com a “cereja” do bolo, recebemos a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, onde relata que repassou ao então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), 1 milhão de reais para comprar apoio de deputados favoráveis a votar em favor do impeachment da então Presidente Dilma.

Dias melhores virão, ou somente as eleições de 2018 para colocar ordem neste País!!?

(*) Advogado, Professor Universitário e Autor intelectual

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