Documento reforça importância da adoção de medidas que garantam um nascimento saudável, em benefício de crianças
Os problemas que levam ao nascimento de bebês pretermos, bem como os desafios para estender os cuidados necessários e a sua integração na família e na comunidade, foram abordados em documento científico divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Prematuridade (17).
No texto, “Prevenção da prematuridade- uma intervenção da gestão e da assistência”, a entidade faz um alerta sobre a importância da adoção de medidas que garantam um nascimento saudável, em benefício de crianças, gestantes e seus familiares.
Para a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, com o material produzido a entidade ressalta a importância da organização da assistência perinatal, dos fluxos assistenciais e da tipologia das unidades perinatais, nos resultados na prevenção da prematuridade, além dos processos clínicos. Após analisar o trabalho, ela destacou que a atenção a todos esses itens é fundamental para o “nascer seguro”.
O Dia Mundial da Prematuridade (ou Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade) foi criado para chamar atenção de um problema que atinge milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo.
Na avaliação de especialistas da SBP, o parto prematuro pode, na maioria dos casos, ser prevenido com a ajuda de um pré-natal adequado. Nessa etapa, são detectados precocemente os problemas maternos que podem desencadear o parto prematuro, o que exige a realização de consultas de pré-natal com qualidade e acesso aos exames clínico-laboratoriais disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Contudo, isso nem sempre acontece.
Somente 45% das mulheres, assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso à ultrassonografia obstétrica no primeiro trimestre da gestação, considerado o padrão ouro para estimativa da idade gestacional frente à imprecisão da data do último período menstrual por grande parte das gestantes.
Para aperfeiçoar o atendimento oferecido na rede pública, no documento divulgado, a SBP defende, entre outros pontos, a sistematização dos fluxos na vinculação da gestante à maternidade a partir do pré-natal; a urgente a concretização do conceito de rede na assistência perinatal; e a oferta de cuidados a mães e bebês, em função de suas necessidades e características.
* Com informações da Assessoria de Comunicação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)