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MP pede condenação de mecânico que matou companheira

A 15ª Promotoria de Justiça apresentou denúncia contra o mecânico J.A.F.S. por homicídio duplamente qualificado

Publicado em 07/08/2016 às 15:00Atualizado em 16/12/2022 às 17:50
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A 15ª Promotoria de Justiça apresentou denúncia contra o mecânico J.A.F.S. por homicídio duplamente qualificado, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio como consequência de violência doméstica. Ele é acusado de matar a tiros a jovem dona de casa Lorraine Aparecida Moreira Gondim, de 17 anos, em 28 de junho de 2015. O representante do Ministério Público ainda pede o pagamento de indenização no valor de R$88 mil aos herdeiros da vítima.

Segundo o promotor Laércio Conceição Lima, a vítima e o acusado mantiveram um relacionamento amoroso durante cerca de três anos e, há aproximadamente dois anos, decidiram morar juntos, na residência da mãe dele. Porém, a relação do casal sempre foi conturbada, com frequentes brigas motivadas por ciúmes. Em razão do comportamento agressivo do companheiro, por diversas vezes a vítima tentou se separar e sofreu agressões físicas e ameaças de morte, ficando com medo de romper a relação.

Consta na denúncia que, no dia do crime, os dois protagonizaram uma discussão na rua e, em seguida, entraram no imóvel em que residiam. Alguns minutos depois, testemunhas observaram o momento em que uma guarnição da Polícia Militar chegou ao local e bateu insistentemente no portão. Como ninguém respondeu, os policiais desistiram e foram embora. Cerca de trinta minutos após os policiais deixarem o local, o acusado encostou a arma de fogo na face da vítima e, sem lhe dar qualquer chance de defesa, efetuou quatro disparos contra a cabeça da jovem. Uma testemunha viu quando, cerca de uma hora após os disparos, o acusado saiu de moto.

No dia seguinte, o acusado pediu a uma amiga da vítima que o acompanhasse até a residência do casal, afirmando temer que Lorraine atentasse contra a própria vida. Estranhando o fato de ninguém atender aos seus chamados, a amiga pulou o muro do imóvel e se deparou com a vítima, ensanguentada, no sofá da sala, com a cabeça coberta por um cobertor. Após constatar que a jovem havia falecido, a testemunha tentou informar o acusado sobre os fatos, mas recebeu a notícia de que ele havia faltado ao serviço naquela data.

O caso ainda será analisado pela Justiça. Se a denúncia for aceita, o mecânico J.A.F.S. será submetido ao Tribunal do Júri, mas ainda há possibilidade de recurso.

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