A reforma do ensino médio, aprovada em 2017, abriu brecha ao ensino online; resolução atualiza as diretrizes curriculares e a carga online passa a ser prevista
Governo federal quer liberar até 40% da carga horária total do ensino médio para ser realizada a distância. A proposta pretende permitir que até mesmo 100% do curso seja feito fora da escola, tanto para jovens como para adultos.
A reforma do ensino médio, aprovada em 2017, abriu brecha ao ensino online. A resolução atualiza as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio e a carga online à distância passa a ser prevista. Assim, caberá a cada rede pública ou escola privada regulamentar formatos e ferramentas de ensino.
Já houve uma primeira discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE). As regras autorizam que qualquer conteúdo escolar previsto no currículo possa ser dado a distância. Se aprovado, os alunos poderiam ter aulas fora da sala por dois dias por semana. Os defensores apostam que a proposta visa permitir a experimentação de novos recursos na educação. Na avaliação de alguns especialistas, o ensino nas redes públicas poderá ser ainda mais precário.
Vale lembrar que o Brasil tem 6,9 milhões de matrículas no ensino médio público; em torno de 1,5 milhão, de 15 a 17 anos (14,6% do total), no entanto, já abandonaram os estudos.