Idade, doenças que debilitam o sistema imunológico e/ou medicamentos de uso contínuo que afetem a imunidade são fatores de risco para a doença
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Naiara de Pádua orienta imunização particular, já que o tratamento da doença pode custar até quatro vezes o valor da vacina
Popularmente conhecida como “cobreiro”, o Herpes Zoster tem acometido número cada vez maior de brasileiros. Causa de erupções cutâneas dolorosas, a doença afeta uma das metades do corpo ou do rosto, podendo, inclusive, apresentar sintomas como febre, cefaleia (dor de cabeça) e mal-estar.
A médica, especialista em imunização, Naiara Cabral Sabino de Pádua, explica que qualquer pessoa que teve catapora em algum momento da vida está suscetível ao Herpes Zoster. “Como o vírus varicela-zoster fica latente no organismo, ele pode ser reativado em qualquer momento, provocando as manifestações do Herpes Zoster, geralmente pela queda de imunidade e pelo avanço da idade, especialmente a partir dos 50 anos, ou devido ao enfraquecimento da imunidade celular”, analisa.
Ainda segundo a médica, não há cura para o Herpes Zoster, mas a doença pode regredir com o tratamento. Nesse sentido, Naiara reitera a necessidade da vacinação como a forma mais eficaz de prevenção. Disponível apenas em clínicas de vacinação particulares, a imunização é necessária, haja vista ser uma doença com tratamento caro. “O tratamento e as complicações do Herpes Zoster podem até quadruplicar o valor da vacina”, aconselha.
Naiara Cabral acrescenta ser possível imunizar inclusive quem já desenvolveu a doença, desde que a aplicação seja pelo menos um ano após seu quadro agudo. “Mediante a probabilidade de acometimento da população maior de 50 anos, a prevenção vacinal contra o Herpes Zoster é um importante aliado ao envelhecimento saudável e requer um investimento mínimo quando comparado aos custos do tratamento e ao sofrimento com a possível dor neuropática, uma sequela que interfere diretamente na qualidade de vida do paciente acometido”, completa.