Chegou ao fim, na tarde desta terça-feira (25), a liberdade provisória do goleiro Bruno Fernandes, que estava representando o time Boa Esporte no Campeonato Mineiro.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), formada por cinco ministros, decidiu mandar o goleiro Bruno de volta à prisão. Por três votos a um, eles derrubaram a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que havia dado ao atleta, em fevereiro, o direito de aguardar o julgamento em liberdade.
Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram a favor para que Bruno voltasse à prisão. Apenas Marco Aurélio permaneceu com o voto para que o atleta continuasse em liberdade. O ministro Luis Roberto Barroso não participou do julgamento.
Ainda não se sabe se o goleiro voltará para a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), em Santa Luzia, local onde ele cumpria sua pena desde setembro de 2015. A decisão ficará a cargo da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
Condenação. Bruno foi condenado a cumprir prisão de 22 anos e três meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e, também, pelo sequestro e cárcere privado do filho, em 08 de março de 2013. O atleta foi condenado a 17 anos e seis meses, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado, sendo o motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, a outros três anos e três meses, em regime aberto, por sequestro e cárcere privado. O crime de ocultação de cadáver aumentou mais um ano e seis meses na pena dele.
Desaparecida. Eliza Samudio desapareceu no ano de 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.