Empatia

Empatia é a capacidade de sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. É sentir na pele seus problemas e sofrimentos. Infelizmente, esse sentimento cada vez mais só é percebido nos livros de ficção e, quando na vida real, tomamos conhecimento da existência de algum psicopata, que, segundo a Ciência, é incapaz de ter empatia por alguém. Vivemos hoje a tônica do salve-se-quem-puder. O mote é garantir o seu e o da sua família e no máximo mostrar alguma sensibilidade pelo drama alheio, sem, contudo, mover uma palha para resolvê-lo.

O Brasil é hoje, reconhecidamente, um país quebrado, endividado e no fundo poço, devido a um governo incompetente, à corrupção endêmica e à falta de reformas estruturais importantes ao desenvolvimento. A crise, como costumamos dizer, tomou conta de todos os setores. O crescimento é negativo, a inflação avança já sem controle e a taxa de juros é a maior do mundo. Todavia, alguns daqueles que fazem parte do numeroso leque de “cargos de confiança”, diga-se a bem da verdade, não concursados e de indicação política, tripudiam dos que ralam para sobreviver, pagando impostos abusivos, fazendo mágicas para atrair clientes que estão na mesma situação que eles e financiando com o seu trabalho honesto um governo corrupto. Ironizam, perguntando onde está a crise.

Quantos de nós não adiamos planos, tratamentos de saúde, compra da casa própria, viagens e sonhos porque não temos dinheiro. Imagine se pudéssemos lançar mão de verbas indenizatórias ou cartões corporativos que nos pagassem tudo, de gasolina a moradia, luxo dos luxos, privilégio exclusivo dos eleitos para nos representar. Enquanto esbanjam nosso dinheiro, ficamos assistindo perplexos aos conchavos chamados de acordos ou Acordão, onde somos ignorados porque o único objetivo é salvar os donos do poder e preservar a própria pele, cada vez mais chamuscada com as revelações da operação Lava-Jato. Os grandes conglomerados empresariais também se movimentam para lucrar com a crise e ficar ao lado daqueles que, estando no Poder, podem beneficiá-los com canetadas e obras desnecessárias. E o povo tem sua parcela de culpa, porque, quando chamado a manifestar, se omite.

Somente com união e empatia, cada qual cedendo um pouco, conseguiremos alcançar o ideal de um país mais justo. Por ora, só acredito mesmo na Justiça Divina.