Descobri que um ícone pode se desmoronar quando a vaidade sobrepõe a competência...
Descobri que um ícone pode se desmoronar quando a vaidade sobrepõe a competência. Que a soberba é uma casca frágil que massageia o egotismo, mas destrói laços de convivência, destituindo a legitimidade da realeza.
Descobri que as máscaras caem, que a hipocrisia tem prazo de validade e que os insolentes tropeçam nas próprias ambições. Que a mentira repetida várias vezes se transforma numa baita embromação, desabando como monumento alicerçado no lamaçal.
Descobri que o silêncio pode ser a mais sábia das respostas. Que as acusações de hoje podem ser armadilhas no futuro. Que o mundo gira e o tempo transforma, modifica e atenua, rearranjando conjunções até então incorrigíveis.
Descobri que somos seres humanos carregados de defeitos. Que os erros são comuns na caminhada e que depende da nobreza do indivíduo reconhecê-los e tentar corrigi-los. Que respeitar o espaço do próximo é respeitar a si próprio.
Descobri que a força da fé sobrepuja qualquer infortúnio. Que o universo nos derrama as energias na mesma frequência e proporção que as recebe de nós. Que o sentimento e o desejo desencadeiam o processo de reconfiguração dos episódios seguintes da nossa história.
Descobri que sonhos podem se tornar realidade, que a persistência pode desbravar impossibilidades e que as derrotas nos impulsionam e abrem novos horizontes no caminho do sucesso.
A vida é uma eterna descoberta e nos abre inúmeras possibilidades de aprendizado. Há um motivo para estarmos no lugar que estamos, com as pessoas que convivemos e com as dificuldades que enfrentamos. Deus nos entregou todas as ferramentas. Cabe-nos edificar, no tempo que temos, a grande obra de construção espiritual, alicerçada na caridade, generosidade e evolução da alma.
(*) Professor e Pesquisador da Universidade de Uberaba, chefe de Gabinete da Prefeitura de Uberaba