Os troféus dessa etapa. Para sorte de todos, Norris não subiu ao palco (Foto/Divulgação)
Esta etapa nos proporcionou uma corrida emocionante, com emoções desde a classificação. O elemento causador de tantas adversidades foram as condições climáticas, pois estas se alternavam muito rapidamente, o que exigiu muitas táticas adversas e não muito usuais. E, como não poderia deixar de ser, uns se deram bem e outros não.
Perfeito. Um exemplo excelente das condições climáticas foi o comentário da repórter da Band, quando relatou que em Zandvoort se vivem as quatro estações do ano em apenas uma hora. Ou seja, a alternância é muito dinâmica e rápida.
Ninguém segura. O recorde do número de ultrapassagens foi quebrado nesta etapa, foram 186 contra o GP da China de 2016, este também com a presença de chuva em boa parte da corrida. Max anotou a nona vitória seguida neste campeonato, igualando o recorde de Vettel de 2013. E pensar que ainda temos nove etapas para serem realizadas em 2023.
Egoísta. Já o vencedor não mudou, demonstrando que por mais adversas que sejam as condições, ele se sobressai sobre os demais. Max vive uma fase em que tudo funciona para ele. A maturidade dele na categoria lhe fez muito bem. Não o vemos mais cometer erros. E assim ele vai caminhando para seu tricampeonato e quebrando recordes.
Há controvérsias. Já o desempenho de seu companheiro de equipe, apesar de ser o vice na tabela, há tempos não consegue chegar perto do holandês. Situação que chama a atenção de muitos e até dos chefes de equipes adversárias. O que não é novidade, pois a equipe trabalha em função de Max. Algo meio normal na equipe. Foi assim com Vettel, depois com Ricciardo e por fim com Max. Sempre elegem um para comandar. E Max é o queridinho de Marko, desde que ele o contratou ainda adolescente. E Max tem correspondido muito bem.
Cirúrgicos. A equipe taurina ajudou Checo no início desta etapa. O mexicano havia se classificado em sétimo. Já na volta de alinhamento começou a chover e no decorrer da primeira volta a água veio com força. Os taurinos pararam Perez, outros pilotos também usaram essa tática, e calçaram eles com pneus intermediários e ao final das trocas ele passou a ser o líder. Max só foi parado na volta seguinte e voltou em décimo terceiro.
Mas. As condições da pista foram melhorando e Max foi diminuindo a diferença que tinha para Perez. Na volta de número doze, a Red Bull parou o número um e o calçou com compostos macios. Logo depois fizeram a troca de Perez. A equipe aplicou um undercut para cima de Checo. E a partir daí Max não perdeu a liderança e Perez era dono da P2. Porém, nos instantes finais Perez saiu da pista e ainda sofreu uma punição. Finalizando em quarto. Esse não era o final que a equipe taurina planejou. Tentaram alavancar todos os pontos possíveis, porém.... Não existe perfeição nestas condições para os normais.
Ferrarisces. Quando Perez foi aos boxes no início da etapa, Gasly, Leclerc e Zhou usaram a mesma tática; e, desses três, Leclerc foi o mais prejudicado. Pois a equipe não tinha se aprontado para recebê-lo. Gasly, ao final, conseguiu a P3. Zhou se manteve bem na maior parte da etapa, porém bateu na área preferida de Leclerc, já que este visitou esse local por quatro ocasiões. Os italianos vivem uma fase difícil, sempre conseguem surpreender sua fiel e masoquista torcida.
Embaralhou. A chuva no início e as apostas de alguns pilotos e equipes alteraram a lógica da corrida. Norris largou da P2, Russell da P3, com Albon ao seu lado em quarto. Ao final da etapa, todos eles se arrependeram de suas táticas usadas no decorrer da etapa. Norris finalizou em sétimo, seguido por Albon. Já Russell finalizou na última posição. Todos eles foram ótimos na classificação. Norris até sonhou com a pole.
Felizes. Alonso e Gasly foram os que capitalizaram com as táticas equivocadas. Alonso largou da quinta posição e finalizou na P2. Gasly largou em décimo segundo e finalizou em terceiro. Vale ressaltar a performance de Albon nos treinos e na corrida. Apesar de ter largado na segunda fila e terminado em oitavo, ele se manteve a corrida inteira com apenas uma troca de pneus. Até a bandeira vermelha do final, pois aí todos aproveitam para trocar os pneus.
Surpreenderam. McLaren e Williams foram as grandes surpresas na classificação. A Williams conseguiu colocar seus dois carros no Q3, situação que não víamos há tempos. Piastri e Norris chegaram a liderar em alguns momentos da classificação. A equipe italiana só tem surpreendido com Leclerc em raras ocasiões. Desta vez, quem se salvou de um vexame maior foi Sainz Jr., ao finalizar em quinto. Hamilton largou em décimo terceiro e terminou em sexto, salvando a equipe alemã de um fracasso maior.
Tabela do GP da Itália (Foto/Divulgação)
