O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios ainda não sabe pontuar quantos trabalhadores aderiram ao movimento
Foto/Arquivo
Os trabalhadores dos Correios estão em greve por tempo indeterminado desde as 22h de ontem. Entre os motivos da paralisação, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), estão o descumprimento do acordo coletivo, as demissões, falta de contratação, ameaças de privatização e o fechamento de agências.
O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Uberaba (Sintect-URA) ainda não sabe pontuar quantos trabalhadores aderiram ao movimento na cidade, mas acredita que grande parte se sensibilizará com a ação.
A Fentect estima que mais de 200 agências estejam sendo fechadas por todo o Brasil. “Com isso, muitos moradores do interior e das periferias vão ficar sem o atendimento bancário e postal dos Correios do Brasil”, diz trecho da nota encaminhada à imprensa.
Das nove agências próprias e franqueadas em atuação em Uberaba, duas devem ser fechadas. A informação é do presidente do Sintect-URA, Wolnei Capoli. “Existe a perspectiva de fechar a agência do Costa Teles e a filatélica no centro da cidade, anexa à central”, afirma. Na avaliação de Wolnei, essas agências são a porta de entrada para o cliente. “Independentemente de ser uma carta ou uma remessa postal grande, todos fazem suas postagens nas agências”, salienta.
O líder sindical pontua que as demissões incentivadas também dificultam a situação dos trabalhadores na estatal, que não tem contratações desde o último concurso, em 2011. Outro ponto destacado pelos trabalhadores é a suspensão das férias dos empregados por um ano, se tornando um agravante para os afastamentos médicos, em razão, segundo eles, da sobrecarga de trabalho.