INOVAÇÃO

Resíduos da processadora de mandioca de Uberaba devem virar utensílios descartáveis

Tito Teixeira
Publicado em 04/05/2024 às 18:53Atualizado em 05/05/2024 às 10:07
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Parceria da empresa Mandioca Sertaneja com a Embrapii IFTM Soluções desenvolve pesquisa para o aproveitamento dos resíduos da indústria (Foto/Divulgação)

Parceria da empresa Mandioca Sertaneja com a Embrapii IFTM Soluções desenvolve pesquisa para o aproveitamento dos resíduos da indústria (Foto/Divulgação)

A Unidade Embrapii IFTM Soluções Agroalimentares e a empresa uberabense Mandioca Sertaneja firmaram acordo de parceria para o desenvolvimento de processo inovador para a produção de utensílios descartáveis biodegradáveis a partir de resíduos de mandioca.

A empresária Eli Foscarini, sócia da empresa Mandioca Sertaneja, destaca sua preocupação com a sustentabilidade e inovação. Para ela, o sucesso do projeto “vai ser um caso de referência de Uberaba para o Brasil, demonstrando como é possível inovar com sustentabilidade e transformar resíduos em produtos de alta qualidade para beneficiar os consumidores”.

Helena Maria de Almeida Mattos Martins dos Santos Ali, professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) e coordenadora do projeto, detalha que o processo envolve a extração de amido e celulose, seguida pela modificação química desses biopolímeros. “O objetivo é criar um bioplástico moldável para a fabricação de utensílios sustentáveis e economicamente competitivos, aproveitando os resíduos da produção de mandioca, como cascas e pontas inutilizadas”, explica Ali.

A coordenadora ressalta que os resíduos de mandioca são uma fonte rica em amido e celulose, com grande apelo comercial, devido ao baixo custo e à disponibilidade abundante, além de serem biodegradáveis e atóxicos. Assim, “o desenvolvimento de processos para a produção de bioplásticos a partir de biomassa renovável oferece uma alternativa viável para substituir parcial ou totalmente os plásticos derivados de polímeros petroquímicos não renováveis”, finaliza Helena.

Fernanda Barbosa Borges Jardim, diretora da Unidade Embrapii IFTM Soluções Agroalimentares, também reforça a importância desse projeto para a redução da produção e do descarte de plásticos sintéticos não biodegradáveis no meio ambiente. “A utilização de resíduos agroindustriais no desenvolvimento de novos materiais não só contribui para diminuir o acúmulo desses resíduos no ambiente, mas também agrega valor a esses rejeitos e reduz os custos de seu descarte”, destaca Jardim.

Embrapii. A Unidade Embrapii IFTM Soluções Agroalimentares tem a missão de estabelecer parcerias com empresas em projetos desafiadores e criar oportunidades de inovação sustentável e desenvolvimento econômico.

Com mais de R$7 milhões contratados, tem o papel de buscar por soluções sustentáveis e eficientes para desafios presentes no setor agroalimentar. 

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