IMPRUDÊNCIA

68% dos envolvidos em acidentes na BR-050 estavam sem cinto, diz Eco050

Tito Teixeira
Publicado em 21/03/2024 às 20:02Atualizado em 22/03/2024 às 09:25
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 (Foto/Divulgação)

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Dados divulgados pela Eco050, concessionária da BR-050, em 2023, apontam que 68% dos envolvidos em acidentes no trecho de concessão da Eco050 estavam sem cinto de segurança. A Eco050 completou dez anos de operações este ano na região e tem uma média próxima de 260 atendimentos diários.

Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o uso de cinto de segurança pode reduzir o risco de morte em 45% para pessoas no banco da frente e em 75% para passageiros no banco de trás dos veículos. Apesar da eficiência comprovada e da obrigatoriedade por lei, muitos motoristas ainda não utilizam o cinto, colocando suas vidas em risco.

Publicada pela Abramet em meados de 2022, a diretriz sobre o uso do cinto de segurança foi revista, agregando os dados mais recentes sobre esse equipamento de segurança cujo uso é obrigatório no Brasil. Com 24 páginas, o documento avalia as ações e a proteção conferida pelo cinto de segurança, a sua eficácia nos diferentes posicionamentos no veículo e oferece recomendações para a redução da morbimortalidade dos sinistros de trânsito.

É sabido que esse equipamento de segurança reduz o registro de vítimas fatais ou com lesões graves: a diretriz destaca que, quando usado da forma adequada, o cinto reduz a incidência de ferimentos nos quadris, na coluna vertebral, na cabeça, no tórax e abdome, além de reduzir o risco de perfuração do globo ocular. Um dos estudos apresentados concluiu que o cinto de segurança é capaz de reduzir as lesões oculares perfurantes em 60%.

A diretriz traz um dado emblemático, informando a importância do uso do cinto de segurança pelo passageiro no banco de trás: “não usar o cinto de segurança no banco de trás aumenta em cinco vezes o risco de morte do ocupante do banco da frente”, assinala o documento, trazendo dados de estudo científico publicado no Japão. Isso acontece devido à possibilidade de o ocupante do assento traseiro ser arremessado violentamente contra os ocupantes dos bancos dianteiros.

“Os cintos de segurança de 3 pontos são projetados para se ajustarem adequadamente aos ocupantes na posição vertical e são menos eficazes quando usados em posições reclinadas”, diz o documento. “Reclinar o encosto do banco aumenta o risco de submersão (efeito submarino) que ocorre em sinistros automobilísticos ou desacelerações bruscas, com o corpo do ocupante do veículo deslizando por baixo da faixa subabdominal. Como resultado do efeito submarino, o corpo choca-se contra a estrutura frontal inferior do veículo, ou contra o banco da frente, caso o ocupante esteja na parte traseira, com ocorrência de fraturas nos membros inferiores, quadril, coluna vertebral e contusões torácicas”. 

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