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Beco da Lua (www.becodalua.blogspot.com)

Estes são o nome e o endereço na Internet do blog de Luciana Goulart. Mulher especial aos amigos; acarinhada pelos seus; amparada por bons fluidos espirituais; amada pelos poetas

Gilberto Caixeta
Publicado em 28/07/2009 às 20:24Atualizado em 20/12/2022 às 11:31
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Estes são o nome e o endereço na Internet do blog de Luciana Goulart. Mulher especial aos amigos; acarinhada pelos seus; amparada por bons fluidos espirituais; amada pelos poetas e poetisas que rondam a noite, porque não querem que o amor adormeça. Ela não adormece, sublima-se em poesias.

Na Internet você acha de tudo; violência pedófila; sexo virtual; receita de bolo e de auto-ajuda; às vezes informações confiáveis, no entanto, ainda são possíveis estudar pela Internet. Depende do seu clique. É como o controle remoto de sua televisão, que funciona como se fosse o seu cérebro, busca o que lhe agrada, mesmo que não queira ver nada, só ouvir.

Há, também, as mensagens recebidas por e-mail, que nos exige cuidados, e vire e mexe estamos descarregando aquelas que entopem a caixa de entrada. Sem falar das notícias infectadas de vírus e de mau gosto. 

Quem gosta de MSN conversa em tempo real, que não substitui os olhos dos interlocutores, mesmo quando se está acompanhado de uma webcam. Existem os blogueiros a disponibilizar informações preciosas e entretenimento. Enfim, há de tudo neste mundo da comunicação, e para quem gosta de sacanear, é um prato cheio.

Voltando ao blog de Luciana Goulart, ele é especial não só pelo seu refinado bom gosto, mas pelo alcance de sua poesia. Poesia que adentra e que faz pensar, porque há compreensão daquilo que a autora escreve. Não é poesia para si, é poesia para compartilhar sentimentos, desencontros, ideias, desejos, encontros.

Como nos seguintes versos da poetisa: “Lavei o amargo da tua língua/ Lavei-te inteiro de mim/ Esfreguei teus versos até ficarem brancos/ Ralei sabão e um punhado de anil/ Fiz feito lavadeira de rio/ Enquanto lavava, cantarolei/ Rindo da água turva que o tanque engolia/ Devorando você mais que eu poderia supor/ De você não ficou nada/ Nem nas bolhas de sabão/Faceiras bolhas no chão/ Você foi pelo ralo/ E eu continuei cantando o dia”. São versos ferozmente suaves, que arrancam de dentro da liberdade o amor amargo, sonhado com doçura. É grito da simplicidade em versos bens construído e de rima desnecessária à sonoridade construtiva.

No mesmo espaço, em seu blog, a poetisa narra; “Te vi na rua hoje, apressado/ competindo com o vento escasso fugindo do sol /escondendo-se nas pequenas sombras dos prédios  no centro de uma cidade vazia de sorrisos/ minhas pernas foram pequenas para passos tão largos quanto os teus”. Largos por serem ambiciosos, não sabemos. Talvez o mundo contemplativo que se enxerga, não compartilha o que o coração não divide.

O blog Beco da Lua concorre ao prêmio Top Blog. Se você é um apaixonado no bom gosto deveria acessá-lo, gostando de votar. É tudo pela Internet, é uma questão de clique.

(*) professor

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