ARTICULISTAS

Ato de rejeição

Não temos que aceitar tudo que recebemos

Dom Paulo Mendes Peixoto
Publicado em 07/07/2012 às 19:43Atualizado em 19/12/2022 às 18:39
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Não temos que aceitar tudo que recebemos, mas nem tudo deve ser deixado de lado, no ostracismo e na rejeição total. Há muitos valores que acrescentam e são fundamentais na nossa existência e realização como pessoas humanas. A Palavra de Deus, por exemplo, é fonte de critérios para uma vida sadia e equilibrada.

Jesus disse que “um profeta nem sempre é bem recebido em sua própria terra natal” (Lc 4, 24). Os seus conterrâneos desqualificavam suas palavras por ser “filho de carpinteiro”, portanto considerado, naquele tempo, como pessoa de pouco prestígio. Assim não davam credito aos ensinamentos que saíam de sua boca.

Aos sábados Jesus ia à sinagoga dos judeus para anunciar uma palavra de fé e vida. Isto causava admiração em algumas pessoas e atitudes de recusa em outras. O mais impressionante é que a recusa era feita pelos líderes religiosos, por aqueles que deveriam proclamar a Mensagem do Mestre como fonte e motivação para a fé.

Jesus anunciava com muita autoridade, mas isto não dependia de sua profissão, de ser carpinteiro. Era ensino com uma sabedoria dada pelo poder divino. Não poderia haver preconceito, mas reconhecimento do valor da Palavra. O preconceito causa fechamento do coração humano e impede a pessoa de ver a Deus através das obras realizadas em Jesus Cristo.

Todo aquele que sente o sopro de Deus em sua vida faz o bem e age com muito mais responsabilidade. Do contrário, seu coração fica endurecido, insensível e suas atitudes às vezes são nefastas, egoístas e voltadas para o seu bem próprio. Isto pode ser identificado, com muita facilidade, nas lideranças mal preparadas, desonestas e aproveitadoras do poder que têm.

Somos exortados a viver conforme nos ensinam os Evangelhos de Jesus Cristo. Uma das características é a humildade, a superação do orgulho próprio, o entender que na fraqueza humana está a grandeza do agir de Deus na vida das comunidades. Ele nos fala através de pessoas simples e modestas, com palavras que questionam nosso modo de ser e agir.

(*) Arcebispo de Uberaba

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