ARTICULISTAS

Percepção do cotidiano: marias das dores

Vania Fonseca
Publicado em 19/08/2022 às 20:51Atualizado em 18/12/2022 às 14:45
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Hoje a homenagem é para você, ser angélico que habita os mundos celestes ou a intimidade de cada ser que faz uso da razão! Penso em você, habitante de nossa imaginação ou realidade abençoada não concreta. Virgem que carrega, há mais de dois mil anos, o divino filho vivo que nos anima para a lembrança do bem. Mulher santa que, por sua graça, perpassa o tempo e vive nos lábios de pecadores e aflitos. Mãe que nos socorre em templos sagrados ou na intimidade da alma que ninguém pisa. Amiga na vida irreal do mundo sacrossanto, da religiosidade, que nos abraça em milagres.

Mulher escolhida para o berço da luz que alcança a imensidão da Terra, que guia como estrela divina, Nossa Senhora, mãe das dores e dos amores..., reine sobre nós! Imaculada, cantada em várias línguas, Maria que nos orienta a encontrar o caminho do Carmelo interior..., faça o milagre da ressurreição do encontro de si mesmo!

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, de Aparecida, de Fátima, das Dores, das Graças, não importa o nome simbólico que aureola a crença individual..., cuida de nós! Embora inerente ao estado de humanidade, o sofrimento é inevitável em seu objetivo de fazer crescer, contudo passageiro! Assim, Maria, livra-nos do sofrimento pela ignorância, pelo apego que nos leva ao passado e nos estaciona ao olhar para trás! Traga-nos o desejo que nos motive a pensar e agir para frente naquilo que buscamos!

Desfiar a ideia do sagrado leva-me a encontrá-lo no habitat da profundeza da alma! Este é tema, também, do filme “Comer, rezar, amar”, que mostra a dificuldade, própria do ser humano, para encontrar a paz. Mediante tentativas infrutíferas pelos caminhos prazerosos da carne, passeia-se pelo cultivo da religiosidade e meditação, para, finalmente, desaguar-se no poço de si mesmo ao encontro do amor – salvador para a perdição humana.

Esta busca encontra base para a felicidade, como em Paulo (1 Coríntios 13:2), que “mostra ainda um caminho sobremodo excelente”: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei”.

Que a divisão provocada, em massas, por discursos de ódio, transforme-se em união pela renovação individual, pelo encher das almas com o espírito santo do amor. Afinal, cada uma enxerga na outra o valor que tem em si!

Profa. Dra. Vania Fonseca

Bióloga e Pedagoga

 

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