ARTICULISTAS

Na Serra da Canastra

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 26/11/2018 às 07:23Atualizado em 17/12/2022 às 15:49
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Novembro... o ano está findando. Sentamos na área gourmet, minha “Baixinha” e eu, começamos a conversar sobre a vida, de como é bom acordar sorrindo, porque há sempre alguém esperando por você, não pelo que você sabe, mas porque você é amado simplesmente por ser você, tal como é.

Trocamos ideias e chegamos à conclusão que estava na hora de fugirmos um pouco do nosso dia a dia, de levar as crianças ao colégio, do trânsito, do escritório, da agitação e da rotina, pois precisávamos de um tempo para nós longe do turbilhão da cidade, das obrigações rotineiras, que viver é sempre surpreendente e não podemos nos perder pelo caminho da vida.

Vimos que nossos filhos já estão “grandes” e... aproveitando o “feriadão”, pegamos a estrada rumo ao Hotel Fazenda “Portal da Canastra”, um pedacinho do paraíso, tão pertinho de nós.

Foi uma viagem inesquecível! Poderia resumi-la como um presente, a paz de Deus, pois fazia quase três anos que não íamos passear pelas montanhas, sentir a brisa suave beijando nossos rostos e livres como pássaros.

No caminho de ida, paramos várias vezes para fotografar a maravilhosa paisagem e comungar com aqueles momentos só nossos. Em uma dessas paradas, colocamos as mãos em um tronco de uma árvore pequena... sacudimos um pouco, e recebemos no rosto as gotas de água do orvalho da manhã, como se fossem mais uma bênção para nossas vidas.

Chegamos ao nosso destino! Fomos recepcionados pelos proprietários, Dona Nanci e Álvaro Guaritá, tendo ao fundo uma visão digna de ser apreciada e guardada na memória pela eternidade, pois dava para ver além da linha do horizonte, com várias tonalidades de verde espalhadas entre a diversidade de montanhas, o céu azul, poucas nuvens, enquanto se ouvia o som das águas das cachoeiras.

Não dá para definir o que foi melhor nesses dias de descanso. Se foi a beleza da paisagem, o atendimento recebido pelos anfitriões, o asseio do lugar, a comida típica mineira, os queijos ali fabricados ou a amizade feita entre todos os hóspedes.

Foram poucos dias, mas suficientes para sentarmos na varanda do apartamento, no hall apropriado para um “happy hour”, no mirante ou ainda na beira da piscina, para apreciar a bela natureza, ouvir o silêncio, escutar o canto dos pássaros, deixando a tranquilidade invadir nossas almas.

Hoje, escrevendo essa crônica, posso afirmar que já sentimos saudades dos amigos de viagem, pois se tornaram confidentes da noite para o dia, parceiros de “luau”, de churrasco, de idas às cachoeiras, de viver um pouco dessa paz, criando raízes de amizades tão intensas que ficam pelo caminho da vida.

Agora, com minha “Baixinha”, planejando outros passeios, disse que nosso relacionamento é feliz porque ela me fortalece quando está ao meu lado e me acompanhando em todos os momentos, nessa jornada da vida.

Marco Antônio de Figueiredo é Advogado e articulista

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