ARTICULISTAS

Assassinos da esperança

Hoje acordei feliz e pensando... que coisa gostosa que é a vida! Ela é simplesmente maravilhosa, apesar dos prós e contras...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 05/02/2018 às 07:29Atualizado em 16/12/2022 às 06:36
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Hoje acordei feliz e pensando... que coisa gostosa que é a vida! Ela é simplesmente maravilhosa, apesar dos prós e contras.

Sabe quando você sente que o coração bate mais forte e mais rápido? Que você quer ver tudo dar certo? Que o sol brilhe mais forte. Que a chuva lave a alma. Que a maldade fique longe e que as pessoas que você ama venham ao seu encontro? Pois é, hoje acordei assim.

Com um brilho de felicidade nos olhos peguei o carro e sai com a esposa para um passeio no centro e alguns bairros.

Mas meu semblante foi mudando aos poucos, assim como meu sorriso foi desaparecendo e o brilho nos olhos foi se transformando em olhar nublado e triste.

Quando passávamos pelos arredores do “Bosque Jacarandá”, começou a tocar no multimídia do carro a música de Chico Buarque de Holanda, “Roda Viva”.

Parei para ouvir e refletir: "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu..."

Senti tristeza ao constatar que, assim como neste Brasil de Deus (e do Diabo), aqui também em Uberaba a roda-viva sempre chega e carrega o destino, a roseira, a viola, a saudade e tudo o mais para lá.

Quanto lixo, buracos e crateras espalhados pelos quatro cantos da cidade. Quanto serviço inacabado ou mal feito, emporcalhando Uberaba, como nunca visto até hoje.

Confesso que me arrependi por ter depositado meu voto e levado centenas e centenas de pessoas a votar na atual administração.

Acreditei que teríamos uma cidade melhor! Uma cidade onde se possa caminhar sem sobressaltos e assaltos, enquanto o que vemos são calçadas descuidadas, disformes e cheias de mato!

Acreditei em uma Uberaba, sem zumbis, pedintes, dengue, assalto, falta de assistência médica, descaso, abandono, medo...

Confiei nas promessas de campanha de que teríamos uma cidade maravilhosa não só por suas belezas naturais, mas sobretudo pela qualidade de vida, oferecendo a todos os seus moradores, lazer através do imaginário “Lago da Prainha”.

Me veio a lembrança de um texto enviado pelo amigo Emanuel Kappel, que dizia: “São muito mais do que impostores, são carrascos medievais da dignidade humana, da vida, da saúde, da segurança, da educação, da solidariedade e da vida.

Com suas ações e omissões, matam mais do que qualquer guerra declarada. São nocivos à sociedade e deveriam pagar caro por favorecer o caos num país tão rico como o Brasil. E depois falam que amam suas cidades, seus estados e o nosso sofrido Brasil.

Se amassem, verdadeiramente, pediriam exoneração dos cargos políticos investidos e, nunca mais teriam a ousadia de serem novamente candidatos. Mas não, são algozes do destino corrompido dessa nossa nação sofrida e escravizada pelas mazelas políticas, nunca vistas antes, sem precedentes, sem equiparação às outras aberrações da humanidade.

São, na verdade, os assassinos da esperança”.

(*) Marco Antonio de Figueiredo – Articulista e Advogado

 

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