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Uma nação próspera?

Karim Abud Mauad
Publicado em 22/07/2022 às 19:08Atualizado em 18/12/2022 às 20:54
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Este período eleitoral vai nos entregar uma situação fatídica perante o restante do mundo, qual seja, nossa pecha de republiqueta mesmo sendo uma nação potencialmente próspera.

A paródia que circula nas redes sobre futebol, onde deliberadamente o juiz escalado para apitar o jogo torce descaradamente para um dos times, é contundente. Recebi e li a versão para o clássico mineiro entre Atlético x Cruzeiro; também para seus algozes paulistas São Paulo x Palmeiras e até para os cariocas de Flamengo x Fluminense, para ficar nestas três (3) praças futebolísticas. De fato vi o escárnio, pois o fato efetivo presenciado era o presidente ou dono de um time escancarando mazelas e fragilidades do seu clube para todos os adversários. Após crescer ouvindo sobre o Maracanaço ou Maracanazo de 1950 e viver o vexame dos 7x1, em 2014, no Mineirão, acreditei que meus pesadelos com o futebol tinham se esgotado. Doce ilusão. Uruguai, Alemanha, Argentina, França, Bélgica...continuam ali. Ufa, ainda bem que estas bobagens só acontecem no futebol. No fundo achei que de fato, o dono do time estava sentindo falta do seu juiz; mas aí é outra história. O deplorável é que tem dirigentes com responsabilidades e poderes para intervir, deixando passar ao longe e torcedores desavisados querendo comprar o ingresso da final, para um torneio ainda na fase de grupos. Estranho isso tudo, principalmente pelo fato da Fifa informar que não procede o dito, muito pelo contrário, elogiou regras, regulamentos e o histórico do torneio, no quesito regras do jogo. É de estarrecer o mundo do futebol. Repito, ainda bem que é só futebol!

No mundo real, vamos tentando conter a inflação com reduções de tributos na caneta, já que infelizmente a tão sonhada reforma tributária não veio e pelo andar da carruagem não virá tão cedo. Inflação, Câmbio e Recessão se avizinham no cenário mundial, mas parece não será debatida ou enfrentada por aqui. A contagem será auditada, pelas sentinelas de plantão, pagas com pix ou criptomoedas, mesmo que as cédulas não sejam tangíveis. Estranho isto. Como assim?

O mapa da fome é palpável e as barrigas roncam. Ainda bem que a solidariedade humana prevalece, para uma parte dos políticos eles são apenas massa e voto. Este voto é válido?

Na semana me despedi de uma grande amiga de família, de vida, de trabalho, uma fiel leitora destes artigos, minha querida Ana Clara do Nascimento, que padeceu e descansou. Agora com certeza estará em paz.

Nascemos e nunca queremos crer na partida e muito menos lidar com a despedida. É egoísmo e é humano.

Em nossas últimas prosas falávamos de família, nuances do bem conviver e aceitar o que temos que aceitar. Partiu sem votar no político local que mais admirava, mas recebendo a coroa de flores do músico de renome nacional que mais idolatrava. Vontade feita, despedida breve de alguém que praticava ao limite a lealdade de amiga. Vá com Deus, Ana Clara.

Um alerta para quem anda se aglomerando, o covid 19 não acabou. Atenção e cuidado sempre!

Neste mês, o nosso JM faz suas bodas de ouro, 50 anos informando Uberaba e região.

Vida, futebol, política, despedida e comemoração, uma quinzena repleta. Como diz meu irmão Samir, saúde e até.

Karim Abud Mauad

 

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