Memórias e recordações inundam meus momentos de vida neste mês. Estive em comemorações de formaturas e de reencontros de turmas de faculdades, notadamente Administração e Engenharia Civil. Para ficar em números menores, diria que brindamos poucas décadas de formados, algo “próximo” de 4 decênios.
Como foi bom voltar aos anos 80. Como foi bom rever amigos e amigas queridas de uma vida e ainda lembrar dos poucos que já partiram para o andar superior.
O primeiro destes encontros foi com a turma da Administração, uma turma adorável e que caminhou, em sua maioria, junto destes os tempos do Marista. Saudades, lembranças dos professores, alguns presentes inclusive, e hábitos musicais e churrasquinhos mantidos desde então. E a vida...
Na semana seguinte, o reencontro com a turma que entrei na faculdade de Engenharia e novamente revi amigos. Naquele dia, nosso querido Paulo Teixeira publicou aqui mesmo, no JM, um artigo que foi lido de forma emotiva no evento. Mais saudades, muita moda de viola, mais professores e colegas e a única certeza de sempre buscarmos viver bem e nos alegrar nestes momentos de regozijo sem igual. Aqui, um fato diferente, uma festa maior, que começou cedo e prolongou até a noite. E a vida...
Uma tônica destes encontros foi evitar o assunto política, notadamente a escolha presidencial, que já tinha causado estragos nos grupos de WhatsApp, prioritariamente, e feito alguns os deixarem e até mesmo não participarem. Fica a reflexão – vale perder o amigo, colega, companheiro de jornadas, para se envolver de forma tão cruel neste assunto? Não se respeita a opinião do outro, não se busca saber como está o outro e, invariavelmente, não se buscam recordações daquele período. Neste caso, os grupos perdem a essência e ficam as ofensas e desistências.
Isto quando não se critica no grupo e desculpa-se no privado.
Isto quando não se questiona a postura no grupo e pedem-se gentilezas e favores no privado.
Isto quando não se prega uma visão ética de vida no grupo e age-se de maneira imoral no privado.
Nos grupos, são heróis do que nunca viveram; no privado, o triste encontro com o espelho. A palavra honestidade muito falada e tão pouco praticada. Infelizmente, muitas opiniões e julgamentos em grupos de colégio e faculdades parecem ser as pessoas querendo que o outro seja e aja como elas próprias gostariam de ser e agir, e não conseguem. E isto serve muito para outros grupos. Vale a reflexão.
Amigos de verdade não julgam uns aos outros por qualquer opção, postura, foto, texto, entrevista ou fala. O amigo de fato pergunta direto, ou primeiro o defende antes ou sempre. A palavra é confiança. Nestes momentos, separa-se o joio do trigo e conserva-se o Coração de Estudante.
Antes de seguir, um exemplo deste excesso é a entrevista publicada pela “FSP” e que causa tanto rebuliço na terrinha.
Outro ponto interessante desses grupos é ver a enxurrada de Fake News publicadas por pessoas mal-intencionadas, despreparadas, inocentes úteis e/ou incapazes motivados. Uma pena que isto ocorra de forma tão intensa. A desonestidade se propaga muito na divulgação dessas falsas matérias e gera corrupção ao se buscar benefícios para quem os propaga e induz incautos seduzidos pelas mentiras.
Voltando aos bons momentos, foi ótimo comer o churrasco feito pelo administrador Tegão e prosear com o nosso engenheiro coronel Júlio 38. Ao citar um de cada turma, cito todos pela emoção do reencontro.
E como apaixonado pelo futebol que sou, independentemente de qualquer coisa, que venha o Hexa!
E a vida, a vida o que é, meu irmão? Esta uma letra recorrente para a falta de elegância da alma do ser humano.
Karim Abud Mauad
