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O que tivemos em 2023 e o que esperar de 2024?

Karim Abud Mauad
Publicado em 28/12/2023 às 19:03
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O ano de 2023 foi bem conturbado e já começou com os episódios do 08/01. Uma lástima sobre qualquer perspectiva, independentemente de você ser de direita, esquerda, centro, nada disso, ou ainda apenas um cidadão querendo viver bem e em paz.

O que assistimos é de deixar tristes os amantes da cultura e da história pelo lado do acervo destruído e de chatear o democrata convicto que viu o excesso quase dominar o senso. Aliás, aqui nem vou discutir se bom ou ruim, mas o senso de liberdade.

Aliás, o mundo vive essa dicotomia absurda entre direita e esquerda e por aqui, além das eleições para Presidente, governadores, senadores e deputados, ela também se fez presente nas eleições dos Conselhos Tutelares Brasil afora e, no final de novembro, também nas eleições do Sistema Confea/Crea e Mútua dos profissionais das engenharias, agronomia e geociências. Felizmente, aqui prevaleceu o bom senso, o reconhecimento de gestões que fortaleceram os profissionais, valorizaram relações humanas e apostaram em inovações tecnológicas.

E ainda temos um ponto adicional a considerar, que é o papel das igrejas nesses processos, pois se observa a pauta de costumes como preponderante na maioria dessas eleições. Deus deve estar assustado e decepcionado com muitos por aí.

O eleitor brasileiro, seja de direita, esquerda ou centro, é de fato um conservador na pauta de costumes? Essa aparente conclusão vem de recente pesquisa e merece ser melhor detalhada em outro artigo, fora dessa retrospectiva.

A Economia e o Social, entra ano e sai ano, e não percebemos o cuidado que deveriam ter esses importantes temas, incluídos aqui saúde, educação, segurança pública, emprego e renda. Quando esta será de fato a agenda dos governos? Adoraria que fosse em 2024. Estamos patinando nestas últimas duas décadas.

No front externo, a guerra continuada entre Rússia e Ucrânia, momentaneamente subjugada pelo embate Hamas e Israel, que dilacera o Oriente Médio e dizima o povo palestino, é de demonstrar a imbecilidade humana, a estupidez dos povos e a completa fraqueza e inutilidade da ONU nestes tempos. O que esperar em 2024? Em confronto em que morrem na sua maioria esmagadora crianças, mulheres e civis inocentes, nada parece caminhar para um final feliz. Uma pena!

E tivemos em 2023 o pior ano em termos de guerra pós-Segunda Guerra Mundial. Seja pela direita ou pela esquerda; irracionalidade pura.

A eleição na Argentina deu o tom de onde podemos chegar na desesperança, onde a racionalidade virou irracionalidade. Falou o que queria falar e vai fazer apenas o que tem de fazer. Vai fazer como todos, deixar as bravatas eleitorais no passado e seguir a cartilha das relações diplomáticas de sobrevivência. E, no país vizinho, 55% de tudo vêm de relações com a China e o Brasil. Daí? Restaram pacotaço e buzinaço. Filme já visto antes.

O único ponto em que os Hermanos nos humilham ultimamente é no futebol; em todas as categorias, nas seleções de base ao profissional. Ultimamente, nem andam usando muito do potencial do Messi.

No futebol nacional de clubes, precisamos esquentar a rivalidade regional. Oxalá o USC tenha sucesso com a SAF e possamos ver clássicos com o UEC e ressurja o Naça. E que a nova gestão do meu Corinthians traga luz ao futebol masculino, assim como está sendo no feminino, quatro campeonatos, quatro títulos. Sonho.

Pareço pessimista para 2024? Creio estar sendo realista, com pequena esperança de melhoras no horizonte. Adoraria ser surpreendido, assim como acontece em outras áreas e chegar a 2024 com tudo dando certo, crianças nas escolas, saúde e emprego de qualidade para todos, fim de roubos, assaltos e assassinato por futilidades, eliminação da violência doméstica com jovens e mulheres. Economia ainda mais nos trilhos. Igualdade, Equidade e Inclusão, de fato.

Um fato nos chama atenção. Bravatas e imoralidades, algumas atitudes humanas deploráveis, posturas e poses em desacordo com o agir nos parecem remeter para o conto da serpente e do vagalume. Será o início do fim?

Devemos apenas, cada um, fazer seu balanço pessoal e dar uma chance para si neste ano novo que se aproxima.

Encerro e, apesar do tom, um 2024 de luz, saúde e realizações para todos. Recomeçar sempre!

Karim Abud Mauad
[email protected]

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