ARTICULISTAS

Morremos um pouco a cada segundo

Karim Abud Mauad
Publicado em 07/02/2024 às 19:59
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Dia destes, conversando com o amigo Paulo Prata, brincávamos com o envelhecer e o encaminhar para o outro lado do universo, um pouco a cada segundo.

Nascemos e começamos a morrer. O tempo implacável vai e vai, nunca volta, apesar de a figura do relógio com pêndulo, que vai e volta, ludibriar-nos.

A razão desta reflexão se deu no deslocamento para Araxá, quando fomos para o diálogo público, no último dia 26/01/2024, pleitear a sonhada duplicação da BR-262.

No caminho, recordávamos que sempre que temos reivindicações desta natureza aparecem todos os tipos de comentários, seja na imprensa, nas redes sociais e nas rodas de conversa de qualquer um de nós. Temos no mínimo três deles que se destacam, excluídos os ausentes contumazes, inclusive ocupantes do Poder.

Temos os que são contra, discordam de tudo, já viram isto antes e o momento é eleitoral.

Temos os que não são contra, nem são a favor, e ficam esperando para ver o resultado, se positivo: – eu sabia; se negativo: – eu falei...

Temos os que fazem, ou tentam fazer, independente da motivação, seja ela política ou não. Estes os que mais sofrem.

Aliás, se alguém já fez alguma coisa na vida que não seja política, mesmo que não pública, ou partidária, que se apresente.

A vida profissional, social e familiar de todos é exercício político que se carrega para a vida toda e que faz a experiência do postulante ao cargo público, ou não?

Naquela prosa do início do artigo, este era o ponto, pois não sabíamos, como não sabemos, o resultado daquele evento. Será para valer? Será só mais um evento político? Afinal, estamos em ano eleitoral, ou de fato teremos resultados práticos a curtíssimo, curto, médio ou longo prazo?

E a conversa continuava, afinal o que de fato temos de certeza na vida que não o fato de estarmos vivos agora?

Se a humanidade assim pensasse e agisse, talvez tivéssemos nos contentado com a pedra, a caverna e o fogo.

E este é o paralelo com a cidade de Uberaba que podemos fazer, pois ela é cantada em verso e prosa, mas tratada como a “Geni”.

Uma primeira observação diz respeito ao calendário nacional, que prevê eleições a cada dois anos. Se tivermos que esperar para reivindicar... ficará difícil, quase impossível.

Se o Partido Uberaba não for posto na rua nunca, vamos passar carnaval após carnaval só vendo a banda tocar e a região deslanchar.

O exemplo das últimas eleições, quando não fizemos nenhum representante para a Assembleia de MG e a Câmara dos Deputados, está aí, fresco na memória de todos. Aprendemos a lição ou vamos continuar repetindo de ano?

Vários são os exemplos que se sucedem e estão postos em nossa história. No episódio Heineken, faltou o Partido Uberaba, ou não?

Agora estamos além da Duplicação da BR-262, falando em retomada do Gasoduto e todo o potencial de investimentos que ele proporciona. E temos o novo Aeroporto privatizado, onde a Aena, de olho na aviação regional, tem investimentos a fazer, para ficarmos nos mais recentes. O que acontece na cidade? Aparecem as hienas e os avestruzes, como gosta de citar um outro amigo, Carlos Delfino, também presente em Araxá, e na prosa.

Então, prezado leitor, escolha o lado que deseja para observar nossa cena urbana, enquanto o mirante que precisa ser construído na Praça Pôr do Sol, ainda em fase de ideia inicial, não o permite subir e ver além de Delta e de Uberlândia.

O momento é hoje; temos que trabalhar esperanças e expectativas. Se assim não for, resta-nos ficar em frente à TV, vendo “BBB”, e fingindo não ver, esperando a morte chegar.

Aproveito para parabenizar a todos que trabalharam para o encontro acontecer, independentemente de ser ano eleitoral, e a todos que foram a esta mobilização   sensibilizar os responsáveis pela decisão da duplicação. Um alerta, após e só após acontecer, teremos aumento de pedágio. Em qualquer cenário.

A vida segue e, enquanto escrevo este artigo, a Centenária Aciu terá dado posse à primeira mulher na Presidência da Entidade, Lídia Prata, assim como ocorreu com o IEATM (Alê Roso) e a Prefeitura (Elisa Araújo), bem como no diálogo a CMU tenha também enviado uma vereadora, Luciene Fachinelli. Esperança.

Ainda bem que elas foram à luta e não se quedaram aos obstáculos.

Que venham novas conquistas!

 Karim Abud Mauad

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