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Adolescência? Adolescência... III

Como agir com os adolescentes?

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 03:54
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Como agir com os adolescentes?

Como ser pais e amigos dos filhos?

Como colocar limites?

Adolescentes são filhos. Adolescentes são filhos e querem ser amados pelos pais. Será que o amor está sendo demonstrado? Nem sempre os filhos sabem o quanto são amados pelo pai e pela mãe. O amor precisa ser dito, ser falado, ser demonstrado, ser sentido. Quando os filhos acreditam no amor dos pais por eles – amor incondicional – são mais felizes.

E a felicidade?

Que importância é dada à felicidade?

Ter sucesso é mais interessante do que ser feliz?

Famílias existem que transmitem aos filhos a mensagem de que ser bem-sucedido é que importa, se esquecendo de que a felicidade deve ser valorizada.

A imagem de cada um, como está?

Pais e educadores não devem estimular os jovens a terem uma imagem distorcida de si mesmo, o que traz sérios problemas de auto-estima. Neste contexto, entra também as expectativas exageradas que devem ser evitadas. Muitos pais exigem ou desejam que os filhos realizem tudo o que eles, por vários motivos, não puderam ou não conseguiram realizar. Não é este o caminho. Cada um é cada um. Cada pessoa tem suas expectativas. Cada indivíduo tem o seu perfil e as suas necessidades. Conhecer os filhos é que é realmente muito importante.

E os valores?

Vale transmitir valores, vale muito dar orientações sobre qualquer assunto como namoro, gravidez, prevenção de doenças, sexo... Vale acompanhar. Vale acompanhar de perto e ouvir. Lembra do diálogo?

E as consequências?

Vale estabelecer e mostrar as consequências de cada ato. Faz diferença quando os adolescentes conhecem as complicações do uso de drogas, das bebidas alcoólicas, da irresponsabilidade na direção de veículos, de ter amigos problemáticos...

E o envolvimento com os filhos?

A confiança entre pais e filhos é muito importante. Vale o envolvimento em cada fase e experiência, mas é necessário encontrar o equilíbrio entre dar independência e impor limites, sendo que limites podem até ser estabelecidos em conjunto, mas devem ser mantidos e cumpridos, sempre.

E quando os limites não foram trabalhados na infância? O que fazer?

O estabelecimento de limites mínimos, que determina uma convivência baseada no respeito e na igualdade de direitos e deveres, deve ser trabalhado na infância, desde os primeiros anos de vida. Quando isto não aconteceu, deve-se ter novamente três atitudes para resolver a situação.

A primeira é o reconhecimento do problema, a percepção da realidade.

A segunda é a análise dos erros cometidos, a compreensão global dos hábitos inadequados adquiridos.

A terceira é a mudança. A mudança é importante, é difícil, é demorada, mas é possível. A mudança de um provoca mudança no outro. Vale lembrar que alterações concretas na postura dos pais mudam os filhos.

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