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Adolescência? Adolescência... II

É de importância fundamental lembrar que antes do diálogo vem a empatia e antes do limite, o diálogo.Diálogo que é troca, é discussão, é colóquio.

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 13:39
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É troca de opiniões, de conceitos objetivando a solução de problemas. É discussão de idéias buscando entendimento. É colóquio, onde cada um coloca sua opinião visando à harmonia ou com harmonia. É comunicação. É travar, ou manter compreensão. Não é imposição. Não é briga. Não é desentendimento.

Empatia? Como agir com empatia?

Com muita paciência e carinho. Em um momento de dizer não ao adolescente, tentando evitar que a situação seja transformada em uma guerra entre pais e filho, ou seja, em uma batalha. Neste momento, entra a empatia com todo o seu poder e importância. Como? Mostrando ao adolescente que sabe como ele está se sentindo, sabe como ele está magoado por não ir onde queria, que você já passou por isso e sabe como ele está sofrendo. Mostrando ainda aos adolescentes outros tipos de programas que já lhe são permitidos fazer como ir ao clube ou ao cinema, reunir-se com os amigos para bater papo, levando-os a entender e valorizar tudo o que têm e a não se concentrar naquilo que não podem ter ainda. Conversando e colocando tudo o que deve ser dito e ouvido com muita segurança, firmeza, doçura e carinho. Não só dizer, mas também ouvir com bastante atenção. Importantíssimo é nunca desmerecer ou desvalorizar os sentimentos do jovem.

Estabelecer limites é uma questão de equilíbrio, é fator de segurança, é gesto de amor é uso de diretrizes educacionais.

O que deve ficar claro é que mesmo que o adolescente apresente as características de antagonismo, instabilidade emocional e inquietação não há justificativa para que ele ultrapasse os limites de uma convivência sadia para qualquer tipo de agressão. É possível a compreensão de atitudes de irritabilidade, de impaciência, de teimosia. É possível a compreensão de atitudes de irritabilidade, de impaciência, de teimosia. É possível a aceitação de um certo espírito de contradição e de uma certa resistência passiva. Pode ser entendida uma depressão leve, consubstanciada pela falta de cuidado com a higiene pessoal e aparência própria ou ainda pelo isolamento.

Cada família deve agir de forma pensada, consciente, depois de verificar a melhor forma de educar seus filhos. É interessante, muitas vezes, observar o que fazem os outros no sentido de ajudar na análise, sob outro prisma, de nossas atitudes. Analisar o que está acontecendo a nossa volta é salutar, é prova de maturidade, é equilíbrio emocional.

É importante criticar nossas atitudes, compará-las, julgá-las, discuti-las com alguém. É após críticas construtivas, críticas cobertas de boas intenções, que surgem mudanças positivas. As melhores mudanças acontecem após uma reflexão crítica que nos permite perceber alguma atitude errada. É interessante observar se as atitudes tomadas têm fundamento.

Para a alegria dos pais, paulatinamente, a introspecção e a seriedade vão substituindo atitudes infantis e descompromissadas.

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