ARTICULISTAS

A imprevisibilidade da vida

Certa vez, passeando em Curitiba, ouvi de um guia turístico que naquela cidade

Vera Lúcia Dias
veludi@terra.com.br
Publicado em 16/05/2015 às 19:49Atualizado em 17/12/2022 às 00:08
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Certa vez, passeando em Curitiba, ouvi de um guia turístico que naquela cidade é muito comum o clima apresentar-se sob as condições das quatro estações em um mesmo dia.

Isso me faz pensar nas alternâncias de nossa vida. Podemos variar de estados de alma experimentando raiva, tristeza, alegria, medo ou confusão de um momento para o outro.

Estes estados são os chamados “Tempos” citados em um texto bíblico que muito me vale quando a razão não me explica determinadas situações.

Simplesmente a vida é assim. Comporta um Tempo para cada coisa. Tempo para rir e Tempo para chorar; Tempo para unir e Tempo para separar e muitos outros contrastes, fazendo com que grande parte do sofrimento humano nasça da relutância em compreender isso.

Não nos preparamos para os tempos difíceis. Queremos viver eternamente os “tempos bons” e que nossa vida seja sempre tempo de sol com céu de brigadeiro, como se a chuva não tivesse a sua função benfazeja.

O meu contato sistemático com pessoas com câncer tem sido a minha maior lição nessa etapa da minha vida. Como tenho aprendido com elas! Dentre estes aprendizados, principalmente a perda da ilusão de que temos controle total sobre nosso futuro como acreditamos quando temos saúde.

Ouço de alguns o quanto é difícil interromper projetos pessoais e ficar à mercê do curso de uma doença que ninguém pode prever qual será.

Não obstante, vejo em alguns um equilíbrio que só é provado por aqueles que possuem uma forte resiliência, entendendo como tal a capacidade de resistir às adversidades.

Alguns fazem declarações surpreendentes, como, por exemplo, a de não gostar de serem vistos como doentes ou como motivos da “pena” alheia.

Ouvi textualmente de um: “Eu não sou doente. Eu apenas tenho um câncer”.

Isso me faz pensar naqueles que se colocam na posição de vítimas por causa de uma unha encravada...!

E você, caro leitor ou leitora, como tem se colocado diante das adversidades de sua vida? No papel de vítima ou de sobrevivente? Definir essa posição é o que faz a diferença em como enfrentar as dificuldades...

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