ARTICULISTAS

A cidadania e os cidadãos

O habitante da cidade, no cumprimento dos seus deveres

Esther Luisa Hercos Fatureto
Publicado em 09/06/2012 às 20:13Atualizado em 19/12/2022 às 19:14
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“O habitante da cidade, no cumprimento dos seus deveres, é um sujeito da ação, em contraposição ao sujeito de contemplação, omisso e absorvido por si e para si mesmo, ou seja, não basta estar na cidade, mas agir na cidade.” (autoria desconhecida)

Todos somos cidadãos de um país, pagamos os impostos que nos são impostos com o objetivo de nos proporcionar boas condições de vida. O setor público que gerencia esses recursos é composto de políticos eleitos, pois votamos obrigatoriamente, e de funcionários concursados ou indicados com o objetivo de servir ao público. A missão destas pessoas é proporcionar segurança com polícias e Judiciário eficientes, saúde preventiva, curativa e serviço de urgência, manter e criar vias públicas seguras e eficientes, levar água potável, recolher e tratar lixo e esgoto, levar eletricidade, oferecer escolas de boa qualidade, manter creches, manter espaços de lazer como praças e centros de convivência, entre muitas coisas.

Quem se candidata ou faz um concurso público sabe que tem a obrigação de gerir bem e com honestidade os recursos dos impostos, deve tratar bem a população, receber suas sugestões e queixas e fazer o máximo para levar bem-estar para a maioria.

Quem tem a missão de cobrar estas ações são os cidadãos pagadores de impostos, isto é, todos nós.

Leu bem?

Todos nós, sem exceção, dos mais pobres aos mais ricos, do mais letrado ao mais ignorante, pois impostos não fazem perguntas, são cobrados em todas as mercadorias e serviços que consumimos. Uns pagam mais imposto sobre a renda, mas os direitos são iguais na hora da cobrança.

Existem três tipos de cidadãos. Os de Primeira Classe, que cobram muito, são geralmente odiados pelos políticos e agentes públicos, mas fazem diferença, pois conseguem modificar situações que incomodam ou estão sendo mal conduzidas, através suas críticas e sugestões. Pena que são poucos, mas estamos em campanha para aumentar esse número de pessoas.

Existem os Pacatos Cidadãos, que enxergam as coisas erradas, possuem opinião, mas não têm coragem de falar, são medrosos, não querem se comprometer, não querem se chatear. Acham que nunca serão ouvidos, preferem sofrer calados a ser criticados. Estes cidadãos têm que saber que, se não falarem, não serão ouvidos, simples assim.

Existem os cidadãos de Segunda Classe, pois assim eles se posicionam. Não enxergam coisas erradas, não olham pra o que está acontecendo, não escutam noticiário no rádio ou na TV, não leem jornais, não percebem como são facilmente enganados. Eles são os preferidos dos políticos, pois não cobram nada, ficam felizes com migalhas, pois não se acham seres de primeira classe, eles votam nos mesmos nomes sempre pois não se interessam em pesquisar a vida desses políticos. Estes cidadãos são a maioria, por isso a nossa cidadania está prejudicada. Hoje começa uma série de quatro artigos sobre cidadania.

(*) Médica e cidadã

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