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A carta do Papa

Estamos, desde o dia 19 deste mês de junho, celebrando o Ano Sacerdotal, cuja solene abertura foi a que se fez em Roma pelo Santo Padre, no ofício de vésperas, na Basílica de São Pedro

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:02
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Estamos, desde o dia 19 deste mês de junho, celebrando o Ano Sacerdotal, cuja solene abertura foi a que se fez em Roma pelo Santo Padre, no ofício de vésperas, na Basílica de São Pedro. A transmissão televisiva, solene e lindíssima, foi feita pela Rede Vida, na tarde do dia 18 deste mês.

Fomos ainda agraciados com a importante carta que, no dia 18 p.p. o Papa Bento XVI enviou aos sacerdotes do mundo todo, excitando-nos, pelo exemplo de nosso Patrono São João Maria Vianney, a vivermos na santidade a sublime dignidade do sacerdócio. O motivo deste novo despertar do clero para a grandeza e a santidade da vida sacerdotal é que comemoramos os 150 anos da morte de nosso patrono, o Cura d’Ars.

Para a Igreja Arquidiocesana de Uberaba, a abertura do Ano Sacerdotal coincidiu com a ordenação, no dia 21 p.p., de cinco novos presbíteros para o clero diocesano, jovens que se prepararam no nosso Seminário. Estes cinco neopresbíteros se somam aos sessenta e quatro que mourejam nos vários recantos da Igreja arquidiocesana atualmente.

Há três décadas, quando o Papa me enviou para cá, fazia dez anos que aqui não se ordenava um padre! Nos dezoito anos que, com a graça do céu, aqui vivi como pastor, ordenei vinte e oito novos padres para Uberaba (dos cinquenta e nove que felizmente já ordenei), notando-se que, no governo atual, o Arcebispo que me sucedeu teve a felicidade de consagrar, por suas mãos episcopais, mais de trinta novos presbíteros. No último domingo, cercado de cinquenta e oito sacerdotes e uma incontável multidão de fiéis no Centro Olímpico, teve a felicidade de ordenar mais cinco novos padres. Uberaba hoje está invejavelmente provida de clero, por graça de Deus.

Na rica mensagem supracitada do Santo Padre pela abertura do Ano Sacerdotal, a recomendação que Bento XVI nos faz é que “nos tempos atuais (...) é preciso que os presbíteros na sua vida e ação se distingam por vigoroso testemunho evangélico”. E cita seu antecessor Paulo VI: “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres ou então se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”. Belíssimo recado.

Conhecendo a beleza da vida consagrada de tantos sacerdotes, o Sumo Pontífice reconhece com tristeza e deplora o sofrimento da Igreja “pela infidelidade de alguns dos seus ministros. Daí advém para o mundo motivo de escândalo e de repulsa”. Diante destes possíveis desvios, o remédio “não é relevar acintosamente as fraquezas dos seus ministros”, mas renovar-nos diante da grandeza do dom que Deus nos fez e iluminar-nos com o exemplo de “figuras esplêndidas de generosos pastores” que nunca faltaram na Igreja.

Neste Ano Sacerdotal, um renovado convite de santidade brilha para o padre, diante do exemplo luminoso do excelso patrono – São João Maria Vianney.

(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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